Reportagem, Época - Se um deputado Federal da base do Governo vê o filho morrer desta forma, o que sobra para o pobre cidadão brasileiro ?

Flávio Dino: "É uma amputação irreparável"
O ex-deputado viu o filho morrer de asma dentro de um hospital privado de Brasília. Diz que o menino foi vítima de um sistema ganancioso e desumano

Na manhã de 14 de fevereiro, uma terça-feira, pouco depois das 6 horas, o ex-deputado federal Flávio Dino (PCdoB-MA), de 43 anos e pai de dois filhos, recebeu uma ligação da mulher, Deane Maria. Ela falava do Hospital Santa Lúcia, um dos maiores de Brasília, para informar que Marcelo, o caçula, sofria uma nova crise de asma depois de 16 horas de internação. Dino pegou o carro e, por ruas ainda vazias, chegou ao hospital em poucos minutos. No trajeto, o ex-deputado se manteve calmo. Previu que Marcelo passaria por uma sessão de nebulização e logo estaria bom de novo.

Ao entrar na unidade de tratamento intensivo (UTI), deparou com uma cena bem diferente da que imaginara. Marcelo ocupava uma das cinco camas, cercado por três médicos – uma mulher e dois homens –, visivelmente tensos. O filho estava inconsciente, com o rosto roxo, e parecia não respirar. “Adrenalina”, disse um dos médicos, enquanto fazia massagens cardí-acas. Poucos minutos depois, viram os dois médicos deixar a sala. A médica ficou inerte em frente a Marcelo por alguns ins-tantes. Em seguida, dirigiu-se ao casal: “O Marcelo não resistiu”.

O destino de Marcelo gera consternação porque, apenas dois dias antes, era um adolescente ativo. No domingo, Dino e Marcelo pedalaram 10 quilômetros pelo Eixão, principal avenida de Brasília. Na segunda-feira, de volta à rotina, Dino viajou a trabalho para São Paulo. Desde junho do ano passado, preside a Empresa Brasileira de Turismo (Embratur). Marcelo foi para o colégio, onde cursava o 9o ano do ensino fundamental. No final da manhã, o flamenguista Marcelo teve uma crise aguda de asma durante uma partida de futebol de salão. Sentiu falta de ar, vomitou e desmaiou. Foi socorrido e levado para o Santa Lúcia. Por volta das 14 horas, foi internado na UTI adulta do hospital e, mais tarde, transferido para a pediátrica. O prontuário médico registrou que seu quadro exigia monitoramento e que o menino necessitava de oxigenação. A mãe, Deane, fazia com-panhia.

No início daquela noite, quem assumiu o plantão do Santa Lúcia foi a médica Izaura Emídio. Aos 39 anos, especializada em pediatria e terapia intensiva, ela já vinha de uma jornada de 12 horas de plantão no Hospital Regional de Taguatinga. Ao che-gar, foi informada sobre as condições de saúde dos três pacientes da UTI: dois bebês e Marcelo. “Ele estava conversando nor-malmente. Estava ansioso. Não estava cansado”, disse Izaura à polícia. A situação parecia tão tranquila que Deane aconselhou o marido, que pousava em Brasília de volta de São Paulo, a nem seguir para o hospital. Marcelo dormia em paz e, possivelmente, teria alta no dia seguinte, logo cedo. Durante a madrugada, a médica Izaura visitou a UTI pediátrica duas vezes. Avaliou que Marcelo e os demais pacientes apresentavam “saúde estável”.

Tudo seguia bem até as 4 horas, quando o menino deveria receber dois remédios para asma. Isso não aconteceu. Aí começa-ram as complicações. Às 5h30, a médica Izaura foi chamada para ajudar num parto no centro obstétrico, ao lado da UTI pediá-trica. Marcelo só foi tomar o remédio às 6 horas. Em seguida, começou a passar mal. A mãe, Deane, pediu à auxiliar de enfermagem que chamasse a médica. Izaura não chegou. Depois de terminar o parto, ela foi trocar o uniforme. Enquanto isso, a crise de Marcelo se agravou.

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* Clipping revista Época deste sábado.

21 comentários:

Anônimo disse...

morrer de asma em pleno 2011, dentro de um hospital...

olha, voltamos definitivamente ao tempo do Brasil colonia...

nem todos podem ir para o Sirio Libanes a qualquer hora do dia ou da noite...

Anônimo disse...

CÓDIGO DE HAMURABI NOS PETRALHAS!

DEVEM SER TRATADOS PELOS MESMOS MÉDICOS QUE TRATAM DA POPULAÇÃO,NOS MESMOS HOSPITAIS,DA MESMA MANEIRA.

DEVEM RESPONDER POR DANOS IDÊNTICOS AOS CAUSADOS A OUTREM POR IRRESPONSABILIDADE OU INCOMPETÊNCIA

LULA DEVERIA SER TRATADO COMO UM "CLIENTE DO SUS, PARA VER O QUE É "A PERFEIÇÃO" QUE MENTIA PARA O POVO.

MENTIU TENTO QUE O RAIO LHE CAIU NA GARGANTA!

PS.: DEVEM SER TRATADOS TAMBÉM PREFERENCIALMENTE POR MÉDICOS FORMADOS POR "COTAS",QUE NÃO CONSEGUIRAM NOTAS PARA PASSAR AO NATURAL,POR ESFORÇO E COMPETÊNCIA,PELO SABER ADQUIRIDOS, E PASSARAM PELA COR.(PROCESSO DE PETRALHA DEMAGOGO)
DIPLOMADOS PELA COR.
OS POLÍTICOS DEVEM SER ATENDIDOS POR ELES,OS QUE PASSARAM PELA COTA,PELA COR E NÃO PELO SABER.

Anônimo disse...

"A longa viagem começa por um passo", diz o provérbio chinês.
"A longa mudança na saúde começa por uma morte", dirá o provérbio brasileiro.
Infelizmente. Do filho de um ex-deputado.
Se um dia fosse a morte do(a) presidente, a caminhada será bem mais rápida.

Anônimo disse...

Meus pêsames a família de Flavio Dino!

A morte de um filho é um trauma imenso!

Como católico, vou destinar algumas orações à família para que estes possam superar esse momento dificil, e recomendo que busquem conforto em tudo aquilo que o filho Marcelo lhes proporcioneou de belo durante sua breve vida!

Marcelo, descanse em paz!

Anônimo disse...

Ao pai devemos prestar solidariedade e respeito. Ao político devemos cobrar coerência e seriedade. Como comunista, o político atribui tudo a "um sistema ganancioso e desumano". Pára com isto ex-deputado. Por que o rapaz foi internado num lugar "ganancioso e desumano"? O problema é que o sistema de saúde no Brasil é deficiente em geral, seja ele particular ou público e o senhor como ex-deputado não fez nada para melhorar o sistema. Não é problema de ganância e desumanidade é problema de mau funcionamento de tudo em geral, sobretudo do serviço público de saúde. Vá falar com o ex-presidente, que se trata no Sírio Libanês. Será que lá é um lugar ganancioso e desumano?

Anônimo disse...

ops, 2012...

falha nossa...

Anônimo disse...

Por isto 9Dedos só quer saúde pública para o povão, a dele é a de primeiro mundo e a nossa custa!

Anônimo disse...

Título esdrúxulo. Como é de rotina...

Anônimo disse...

MELHOR ainda, é fazer a pergunta a um cidadão MARANHENSE.

Anônimo disse...

O anônimo das 17:29 disse tudo !!!!!!!!

Luiz Vargas disse...

É uma tragédia para um pai e uma mãe se depararem com este tipo de situação. E tragédia, maior ainda, quando este tipo de situação ocorre dentro de um hospital, onde se supõe que existam condições para que este tipo de intercorrência não devesse ocorrer.
Chamou minha atenção na reportagem da revista Época uma informaçãozinha perdida entre tantas palavras: o senhor Flávio Dino é juiz federal aposentado e tem 43 anos. Como conseguiu este milagre? Já nasceu trabalhando?

Anônimo disse...

Esse cidadão, que joga suas cartas da política pelo PCdoB, já está tendo uma amostra do que acontece quando o comunismo governa - se tivesse ido a Cuba, poderia ter poupado o próprio sofrimento. No comunismo é assim, na história do mundo jamais houve uma "mão boa"...

Anônimo disse...

"Ao pai devemos prestar solidariedade e respeito. Ao político devemos cobrar coerência e seriedade".

Não dá para separar as duas coisas, amigo... não há como ser só político sem ser pai ao mesmo tempo...

Anônimo disse...

Sistema ganancioso e desumano?!! Ele foi atendido pelo serviço público, caro Flavio - espere só quando o comunismo chegar mesmo... não vai ter nem hospital, porque não vai nem ter gente atendendo...

Anônimo disse...

Infelizmente, o assunto só vira notícia quando se trata de um deputado ou membro do governo. Para aqueles de boa fé vai uma sugestão: em vez de se criar novos impostos, basta direcionar 10% dos orçamentos dos poderes (MPs, judiciário, congresso, assembleias legislativas, camara de vereadore, etc.) para a saúde que muita coisa melhoraria. Mas o dinheiro não pode ir para as mãos dos médicos e sim para equipar e treinar pessoas.

Anônimo disse...

no Sirio Libanes os medicos sao todos muito prestativos...

acompanham o paciente ate a porta do carro vestindo seus jalecos ainda e participam da sessão de fotos da saida do paciente-celebridade...

nos outros hospitais os médicos nem deixam o paciente entrar, que dirá acompanha-lo ate a porta do carro ao final de cada internação...

Sirio Libanes para todos, JA!

Anônimo disse...

Ainda bem q foi atendido pelo INSS .a dra foi fazer um parto para sbstituir mais um na miseria da saude brasileira... perdão nas palavras..SALVE LINDO PENDÃO DA ESPERANÇA...

Anônimo disse...

Esse menino morreu num hospital com precariedades e o povo que morre nas filas do sus, mas não é nada, quando os vermelhos assumirem tudo, haverá bastante tendas servindo chás para todo tipo de doenças, hospital só fora do pais para a alta cupula. edus

Anônimo disse...

COPA DA MENTIRA:BRASIL JÁ VENCEU!

"SAÚDE À BEIRA DA PERFEIÇÃO"
AGORA TÁ PAGANDO...
AGORA TÁ PAGANDO...

OS PETRALHAS ESTÃO DEMOLINDO O PAÍS,INDÚSTRIA,SAÚDE,EDUCAÇÃO, SEGURANÇA NEM SE FALA
O QUE ESTÁ SALVANDO AINDA É A EXPORTAÇÃO DE PRODUTOS PRIMÁRIOS,OS PREÇOS DESTES PRODUTOS SUBIRAM NO MUNDO .

NÃO CONSEGUIRAM ATRAPALHAR O QUE JÁ VINHA FUNCIONANDO.

PAC O MAIOR ENGODO.

NUNCA TANTOS ENGANARAM TANTOS POR TANTO TEMPO.

QUANDO O BRASIL VAI ACORDAR?

Anônimo disse...

"ARDEU NO DELE" FICOU BRABINHO

Enquanto era só povo que sofria ele nem tava aí,dava uma de JUSTO VERÍSSIMO,bem aposentado com 45 anos,"POBRE QUE SE EXPLÔÔDA"...

Ex deputado, o que fez para a saúde "enquanto deputado"?

Anônimo disse...

..."nos outros hospitais os médicos nem deixam o paciente entrar, que dirá acompanha-lo até a porta do carro ao final de cada internação"...

*Nos hospitais públicos o médico não acompanha o paciente até a porta do carro - só vai até a janela dar uma última espiada no falecido entrando no rabecão...

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