Conheça a lista dos 23 denunciados que acompanham Ary Vannazi na lista do Ministério Público do RS

O Ministério Público ofereceu, nesta segunda-feira, 31, denúncia contra o ex-Prefeito de São Leopoldo, Ary José Vanazzi e outras 23 pessoas, entre elas empresários, Secretários Municipais e servidores públicos por formação de quadrilha, dispensas de licitações ilegais, fraudes em licitações e peculato (desvio de verbas públicas), num total de 37 fatos delituosos. A denúncia é assinada pelos Promotores de Justiça Tomaz Coletto, Sergio Luiz Rodrigues e Alexandra Carniel.

As acusações levam em consideração os trabalhos da Polícia Civil referentes à Operação Cosa Nostra

Conforme apurado, estabeleceu-se no Poder Executivo de São Leopoldo um esquema para beneficiar o empresário Aristino do Nascimento Almeida e a empresa da qual era sócio administrador, a Nasbrit Prestadora de Serviços Ltda. Os contratos fraudados eram para a prestação de serviços de portaria de cemitérios municipais e prédios públicos, zeladoria de praças, instalação de equipamentos, limpeza e conservação de prédios, fornecimento de alimentação, desmanche de casas e segurança.

Outras investigações referentes à Operação Cosa Nostra estão na iminência de conclusão nas próximas semanas.

Os denunciados são:

- Ary José Vanazzi, ex-Prefeito de São Leopoldo;
- Aristino do Nascimento Almeida, empresário;
- os ex-Secretários Municipais Paulo da Silva Borba, Charles Roberto Pranke, Edvaldo Cavedon, André Francisco Letti e Pedro Azevedo Vasconcellos;
- Pedro Ricardo Ávila Porto, Candice Antocheviz Fagundes, Patrícia Arruda Benjamin, Airton Rodrigues Ledel, Rafael Guterres dos Santos, Núbia Valeriano Pires, Sandra Oliveira Ramos, Cristiana Streit Crusius, Rochele Steffen, Elisana Maria Zanon, Claodimir Coitinho Costa, Valdeci dos Santos e Fabiane dos Santos Inácio, todos da Central de Licitações;
- Ademir Jeovanini, sócio administrador da empresa Jeovanini Serviços e Conservação Ltda;
- Adão Brites dos Santos, sócio administrador da empresa Brites & Machry Empreiteira de Construções Ltda;
- Ivo Alves de Souza, presidente da Cooperativa de Prestação de Serviços Mãos à Obra Ltda;

- José Ermindio da Silva Aguiar, Presidente da Coopernorte – Cooperativa de Habitação, Produção e Trabalho Ltd

Prefeitura de São Leopoldo parcela salários de agosto

O prefeito Aníbal Moacir, o Moa, confirmou hoje que os salários de agosto do funcionalismo municipal será pago de modo parcelado, cujas prestações poderão avançar até outubro.

São Leopoldo, Grande Porto Alegre, tem 215 mil habitantes

Moa foi outro dos prefeitos eleitos depois de administrações ruinosas do PT e até agora não conseguiu resolver a herança maldita que herdou.

Seu antecessor, Ary Vannazi, presidente estadual do PT, foi hoje denunciado pelo MPE por crimes de peculato e formação de quadrilha, entre outros crimes, tudo no âmbito da Operação Cosa Nostra. E vem mais.

A herança maldita:
- Dividas - R$ 360 milhões.
- Funcionalismo - Inchaço com a contratação de mais 30% de funcionários, totalizado agora 5.600, mais do que administra Canoas, que conta com o dobro da arrecadação e 50% mais habitantes.
- Operação Cosa Nostra

PF indiciará, amanhã, Zé Dirceu, por corrupção, lavagem de dinheiro e organização criminosa

O Estadão informou esta tarde que a Polícia Federal indiciará Zé Dirceu, amanhã, por corrupção, lavagem de dinheiro e organização criminosa, tudo no âmbito do Petrolão. 

Orçamento para 2016 projeta déficit de R$ 30 bi. Oposição pede que Renan devolva proposta de Dilma.

O ministro do Planejamento, Nelson Barbosa, entregou ao presidente do Senado Renan Calheiros, na tarde desta segunda-feira, o texto da proposta orçamentária de 2016, com previsão de déficit para a União de 30,5 bilhões de reais, ou 0,5% do Produto Interno Bruto (PIB). Com isso, em vez de umsuperávit de 0,7% do PIB, meta fixada em julho deste ano, o setor público (que reúne as contas de Governo Central, Estados, municípios e estatais) deve acumular déficit de 0,34% do PIB no ano que vem. O texto prevê ainda crescimento de 0,2% no PIB do ano que vem e um salário mínimo de 865,50 reais. A inflação em 2016 deve ficar em 5,4%.

A oposição quer que Renan devolva a proposta orçamentária, já que de acordo com a Lei de Responsabilidade Fiscal é preciso que ela apresente equilíbrio.

O déficit orçamentário decorre, segundo os números do Planejamento, da dificuldade do governo de cortar gastos-- não devido à queda de receita. O governo prevê arrecadar 1,18 trilhão de reais com impostos, mas as despesas devem chegar a 1,21 trilhão de reais. Para 2015, a previsão de arrecadação está em 1,10 trilhão de reais. Segundo Barbosa, a elevação das despesas se deve, em especial, aos gastos previdenciários. Do lado das receitas, o governo deve arrecadar menos, em 2016, com concessões e dividendos de estatais: os respectivos 18 e 17 bilhões de reais a serem embolsados em 2015 devem virar 10 e 12 bilhões de reais. Os números evidenciam em última instância, a insuficiência dos cortes de gastos decorrentes das medidas do ajuste fiscal.

O governo tentou uma medida desastrada para tentar fazer caixa para o ano que vem. Arquitetou, nos últimos quatro dias, a volta da CPMF, o imposto do cheque, derrubado em 2007 pelo Congresso. A expectativa era de que o novo imposto, se aprovado, elevasse a arrecadação de 2016 em 80 bilhões de reais. Contudo, diante da forte resistência da oposição, da própria base aliada e das críticas da opinião pública, o imposto foi sepultado antes mesmo de ser oficialmente apresentado.
Essa era a última cartada do governo para conseguir elevar as perspectivas de receita antes da entrega do texto orçamentário, cujo prazo expira nesta segunda. Na noite de domingo, após reunião com Barbosa e o ministro Aloizio Mercadante, da Casa Civil, e diante da derrota sobre a natimorta CPMF, a presidente Dilma deu aval para que o Orçamento fosse apresentado com o déficit, sinalizando que esta seria a forma mais "transparente" de tratar o tema. O número, contudo, só foi definido na tarde desta segunda, sem a presença do ministro da Fazenda, Joaquim Levy, que estava em Brasília no momento do anúncio.

Levy era contra a reedição da CPMF. O ministro afirmou a assessores que o melhor seria aprofundar os cortes, visando um resultado primário positivo em 2016. O temor do ministro, segundo pessoas próximas, era de que o rombo seria prejudicial para a avaliação da nota brasileira pelas agências de classificação de risco. O país está a um degrau de perder o grau de investimento, espécie de selo de bom pagador, pelas agências S&P e Moody's. Entre as razões para o rebaixamento está o descontrole fiscal e o caos político instalado no segundo mandato de Dilma.

Houve um tempo, em meados de 2012, em que o mercado poderia aceitar a apresentação de um déficit orçamentário sem maiores sobressaltos. Apesar de não haver uma crise declarada, naquele período, a arrecadação emitia sinais de alerta e os gastos públicos estavam a todo o vapor. O economista Raul Velloso, especialista em contas públicas, era uma das vozes a favor da divulgação de uma previsão de déficit, em vez de uma expectativa de superávit ilusória, embasada em números maquiados. Contudo, hoje, tudo indica que não há tolerância para transparência de ocasião, como a que o governo tenta implementar. O dólar alcançou 3,68 reais diante do cenário fiscal de 2016 e a bolsa opera no vermelho. A grande apreensão está em torno da incapacidade do governo de conseguir apresentar um horizonte de retomada.

Após receber a proposta orçamentária, Renan Calheiros falou em "mudança de atitude do governo" ao apresentar uma proposta "mais realista" e com "menos ficção". O peemedebista, que nos últimos dias voltou a estender a mão ao Planalto ao se tornar fiador de uma agenda anticrise, disse que é preciso "fazer o dever de casa". "O Congresso vai fazer o que for possível para fazermos a reforma do Estado para cortarmos despesas e melhorarmos o ambiente de negócios e de investimento", afirmou o presidente do Senado. Calheiros destacou ainda que aumento de impostos "não pode ser caminho correto.

Banco Central deve manter juros básicos em 14,25%

Após sete altas consecutivas, que elevaram a taxa Selic de 11% ao ano em setembro do ano passado para 14,25% em julho, o Banco Central deve manter a taxa básica de juros no atual patamar - de 14,25% ao ano - na reunião que ocorrerá entre terça e quarta-feira desta semana.

Na avaliação da Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo (FecomercioSP), colaboram para esse prognóstico o rápido aumento do desemprego, a forte queda do PIB do 2º trimestre, divulgada na última sexta-feira e a relativa estabilidade das expectativas inflacionárias. Por outro lado, a forte desvalorização cambial observada nas últimas semanas somada à dificuldade do governo de implementar o ajuste fiscal deve manter a autoridade monetária ainda em alerta.

Para a FecomercioSP, a autoridade monetária já foi até onde podia com o seu principal instrumento: a taxa de juros. A expectativa é de que a inflação dê algum alívio aos consumidores nos próximos meses e caia para algo em torno de 5,5% em 12 meses até o final de 2016 - um patamar ainda elevado, contudo, se levada em consideração a intensidade da retração da atividade econômica. Com o crédito caro e a economia desaquecida, é cada vez mais reduzido o espaço para aumentos de preços.

Entretanto, diante do atual contexto, ainda é preocupante o crescimento dos gastos do governo (as despesas de consumo do Palácio do Planalto cresceram 0,7% no 2º trimestre na comparação com o 1º). Sem a colaboração da política fiscal, a política monetária tende a perder parte de sua eficácia e o País corre o risco de ter de conviver com estagnação da economia e inflação relativamente elevada. A despeito do agravamento da crise, porém, o governo ainda não conseguiu articular e apresentar um plano consistente de ajuste das contas públicas. É hora de assumir equívocos passados e aceitar os custos políticos de reformas urgentes, sem apelar para novos aumentos de impostos - conforme tentativa, felizmente, frustrada de ressuscitar a CPMF.


O cenário é gravíssimo e a Entidade volta ressaltar que o desequilíbrio econômico é estrutural, e que só será possível restabelecer a confiança dos agentes econômicos com a retomada de uma agenda de reformas a longo prazo, que envolvam forte redução dos gastos públicos e da burocracia.

Badesul fechou semestre com prejuízo de R$ 31,6 milhões

O Badesul publicou hoje seu balanço semestral com prejuízo de R$ 31,6 milhões.

Cesa, a anatomia de uma estatal que precisa ser desmontada

Nesta reportagem assinada pelo jornalista Guilherme Daroit, o Jornal do Comércio de hoje demonstra por que razão na mira da privatização, a Cesa armazena dívidas gigantescas. Até 2014, a empresa acumulava R$ 519,2 milhões em prejuízos

O caso da Cesa, como também de uma dezena de outras estatais, fundações e órgãos do governo gaúcho, são de puro e simples desmonte ou de privatização, porque sugam dinheiro bom do contribuinte, retirando recursos para custeio das atividades em educação, saúde e segurança. 

A reportagem é consistgente, recheada de boas informações e bons números.

Leia tudo:

Criada em 1952 para prestar serviços de armazenagem aos produtores gaúchos, a Companhia Estadual de Silos e Armazéns (Cesa) estoca, hoje, mais dívidas do que grãos. Até o fim de 2014, data-base do último balanço oficial, a empresa acumulava R$ 519,2 milhões em prejuízos. Pior, apresentava um patrimônio líquido negativo de R$ 257,8 milhões ? ou seja, mesmo que revertesse todos os seus ativos (como prédios, terrenos e créditos a receber) em capital, ainda lhe faltaria uma soma vultuosa para "zerar" as dívidas.

"Salvo algum fato novo que possa reverter a situação financeira, a companhia está completamente inviável", conclui, após análise do balanço, o contador e diretor-financeiro do Sescon-RS, Mauricio Gatti. A avaliação segue em linha com a última auditoria de acompanhamento da gestão da Cesa feita pelo Tribunal de Contas do Estado (TCE-RS), também referente ao ano fiscal de 2014. No documento, ainda em tempo legal de defesa da empresa e disponível ao público pela Lei de Acesso à Informação, os auditores afirmam que, se fosse privada, a Cesa já teria tido sua falência declarada há muitos anos.

Para quem se depara com essas informações, não chega a causar surpresa que a Cesa esteja, hoje, no olho do furacão do ajuste fiscal proposto pelo governo estadual. Depois de muita especulação sobre o futuro da empresa, o governador José Ivo Sartori incluiu, no terceiro pacote apresentado no início do mês, o encaminhamento de projeto à Assembleia Legislativa para que seja retirada a exigência de plebiscito para a venda ou extinção da companhia, condição que a Cesa compartilha na Constituição Estadual com outras estatais como CEEE, Corsan, Banrisul, Sulgás, Procergs e CRM.

A avaliação, porém, não é tão simples e nem consensual entre as partes envolvidas com a empresa. Um dos motivos apontados é que, desde 2011, a Cesa dá lucro, quando levado em conta apenas a sua operação. No ano passado, por exemplo, apenas com a atividade-fim, a empresa teria dado lucro de R$ 2,1 milhões. Em 2013, teria sido ainda maior, de R$ 5,8 milhões. "Se levássemos em conta só o ano de 2015, teríamos de novo um resultado satisfatório. Mas temos que fazer esse encontro de contas com o passado", lamenta o atual diretor-presidente da Cesa, o ex-prefeito de Tupandi, Carlos Kercher.

A herança é mesmo pesada: a companhia tem um passivo que passa dos R$ 422 milhões, valor que levaria muitos anos a ser pago apenas com o lucro da armazenagem. A empresa, entretanto, contesta os números, e está em processo de contratação para uma nova auditoria contábil. "Precisamos modernizar esses números e adequá-los à realidade da Cesa", afirma o diretor administrativo financeiro, o ex-deputado Francisco Appio. Com atualização nos valores dos patrimônios físicos da empresa, que estariam defasados, e acordos ou decisões sobre os débitos em andamento, a diretoria acredita conseguir reduzir o passivo para menos da metade já no balanço de 2015.

Outras medidas, como a redução de horas-extras e de uso de táxis, cortes de energia nas unidades desativadas e revisão em contratos de terceirizadas também estariam sendo realizadas para estancar o sangramento. Como exemplo, a atual gestão cita que, em 2014, apenas as cinco unidades inativas (Passo Fundo, Estação, Santa Bárbara do Sul, Nova Prata e Caxias do Sul) custaram cerca de R$ 1 milhão em manutenção e vigilância armada e, mesmo assim, não restou nenhum equipamento de valor nelas, todos furtados ao longo do tempo, um símbolo do descaso que marca a história da Cesa e complica, agora, seu futuro.

Mesmo com a venda, grande parte do passivo seguiria com o governo
Uma das principais críticas à tentativa de venda ou extinção da Cesa é a de que, mesmo que isso ocorra, boa parte das obrigações que hoje causam problema em sua contabilidade continuaria. Segundo o Sindicato dos Auxiliares de Administração de Armazéns Gerais no Estado (Sagers), 71,17% das dívidas da empresa são, na verdade, de responsabilidade do Executivo, e não da estatal. "A Cesa, mais uma vez, é colocada como patinho feio. Acabando com ela, o passivo seguiria e, pior, sem a receita que entra atualmente", argumenta o presidente da entidade, Lourival Pereira.

Entre os débitos, estão, por exemplo, empréstimos que teriam sido feitos ao longo do tempo pelo governo do Estado junto à Fundação Silius, que é o fundo de pensão dos funcionários da Cesa, e que tornou-se passivo da estatal. A dívida, que já gerou duas intervenções federais na Silius, foi parcelada em 228 parcelas mensais que só acabam em 2021.

Outra reclamação é direcionada à informação de que o governo precisa repassar valores mensais à Cesa para pagamento de folha, rebatida até pela própria empresa. "Não pegamos um centavo do Executivo para custeio", defende o diretor administrativo e financeiro, Francisco Appio, remontando ao lucro operacional da companhia. Os repasses mensais de R$ 2,5 milhões, atrasados nos últimos meses, seriam utilizados para, além do pagamento à Silius, quitar parcelas de refinanciamento de dívidas com a Receita Federal e o pagamento dos proventos de 82 ex-autárquicos.

Essa folha paralela, que custou, em julho, R$ 714 mil, também não sumiria do passivo do Executivo enquanto os beneficiados forem vivos. São servidores aposentados, efetivados antes da transformação da então autarquia em empresa de economia mista, em 1970. "Na lógica, ali deveriam ter sido realocados para outros órgãos no Estado, mas optaram por deixar o pessoal na Cesa e fazer esse repasse, já que mantiveram seus direitos", comenta o ex-presidente da estatal até 2014, o vereador de São Jerônimo, Márcio Pilger.

A forma com que esse repasse é feito, aliás, também infla o passivo da companhia. Como não são exatamente empréstimos, a verba é, legalmente, classificada como "adiantamento para aumento de capital", totalizando mais de R$ 176,8 milhões até o fim do ano passado. Para que saia do passivo, basta o acionista majoritário (o governo estadual, detentor de 99,93% das ações) aprovar o tal aumento em assembleia. "Hoje, a despesa é duplicada no balanço, pois constam os débitos reais e mais os repasses do Estado utilizados para pagar esses débitos", argumenta Appio, que classifica como "fantasia" esse tipo de classificação.

Em caso de alienação, o atual quadro de funcionários dificilmente seria empecilho. Além de 89 contratos emergenciais até novembro, os demais 58 servidores efetivados são regidos pela CLT, com aposentadoria pelo INSS. "Nosso problema hoje é a falta de pessoal", agrega Appio, que conta existirem filiais da Cesa com um ou dois funcionários apenas.
Enxugamento é uma das apostas para curto e médio prazo
A Casa Civil e a Secretaria Geral de Governo não responderam aos pedidos de entrevista. Mas, de qualquer forma, se o governo estadual está contando com a venda total da Cesa, esse tipo de ação não seria para agora. Além da aprovação pelos deputados, o processo ainda dependeria de avaliações, editais e, claro, da existência de algum interessado. E, mesmo que houvesse um, o passivo dificilmente passaria ao novo dono. O supervisor das contas estaduais no TCE, Claiton Paim Moreira, lembra do que aconteceu com a venda de parte da CEEE. "Todas as empresas fatiadas foram privatizadas limpas, e o passivo ficou para a estatal", exemplifica.

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Artigo, Fernando Figueiredo - O gargalo do nafta

Já se vão mais de dois anos desde que a Petrobras, única produtora de nafta no País, denunciou o contrato de fornecimento da principal matéria-prima utilizada pela indústria química e petroquímica, alegando a necessidade de fixar preços e condições mais realistas. O fornecimento às centrais petroquímicas só não foi interrompido em razão de sucessivas prorrogações de curta duração e mediante preços em aberto, passíveis de reajuste retroativo a ser definido quando de um acordo definitivo.

Muitos dos atuais desafios enfrentados pelo setor petroquímico aguardam por soluções há meio século. É o que mostra o artigo "As oportunidades perdidas", do ex-ministro do Planejamento Roberto Campos, publicado em 17/10/1967. Em sua análise, Campos lamenta que o Brasil, mesmo contando com o maior mercado da América Latina, tenha perdido a liderança petroquímica regional que ostentava uma década antes, sendo superado por Argentina e México. Cita como um dos motivos do atraso "a indisponibilidade da melhor matéria-prima, o gás natural". A situação do Brasil mudou radicalmente desde então. Não faz muitos anos, chegamos a anunciar nossa autossuficiência na produção de petróleo e as reservas do pré-sal começaram a ser exploradas. Mas nem tudo são flores, especialmente porque a modesta expansão da capacidade de refino, de apenas 4% nos últimos 10 anos, inviabilizou aumento significativo da oferta de derivados.

Assim, o País, antes exportador de gasolina, passou a importar o combustível diante da elevação do consumo provocada pelo preço subsidiado ao consumidor final. Além disso, a Petrobras passou a destinar à produção de gasolina parte da nafta que fornecia à cadeia petroquímica, substituindo-a pela importada, insistindo em transferir os custos dessa operação ao setor. Pressionada pela petroquímica americana, que tem no gás de xisto matéria-prima quase quatro vezes mais barata que a nafta, a petroquímica brasileira não tem como arcar com essa conta. Voltemos a Campos, que disse: "seria de imaginar-se um senso de urgência para acicatar os investidores em busca do tempo perdido". Contudo, não é o que assistimos hoje, pois a renovação temporária e de curto prazo do contrato de nafta impede qualquer planejamento de investimento de uma indústria que é, por natureza, de longo prazo.


Fernando Figueiredo é presidente executivo da 
Associação Brasileira da Indústria Química/Abiquim

Operação Cosa Nostra começou por investigar Vannazi, Ana Affonso, Zulke e Alexandre Roso

Estes quatro líderes do PT de São Leopoldo, RS, são os mais importantes personagens envolvidos na Operação Cosa Nostra (leia nota abaixo) e que acabam de parar na Justiça por iniciativa da Polícia Civil do RS:

- Prefeito Ary Vanazzi.
- Deputada Ana Affonso, cunhada de Vanazzi
- Deputado Ronaldo Zulke

. A lista apresentada inclui também o deputado Alexandre Roso, do PSB. 

. A notícia produziu imediata repercussão em São Leopoldo, cidade de 163 mil eleitores da Grande Porto Alegre, dominada pelo PT há oito anos. 

. A Operação Cosa Nostra saiu depois da entrega de um dossiê de 1.200 páginas à Polícia Civil, MPE e Ministério Público junto ao Tribunal de Contas. O dossiê foi confeccionado pelo ex-secretário de Vanazzi, Mauro Pinheiro. Desde que fez as denúncias, o ex-secretário vem sendo ameaçado de morte e só se movimenta com a proteção de seguranças. Ele e o ex-diretor Clínico do Hospital Centenário, Carlos Arpini, também ameaçado (o médico chegou a ser esfaqueado quando saía de casa) estavam reclamando da lentidão da Polícia e do MPE. . 

Tem 200 páginas o grosso das acusações contra a administração Vanazzi e o PT.

Comerciais de TV do PMDB mostram que o Partido já rifou Dilma

Pela propaganda do PMDB, o governo Dilma Roussef já foi rifado. CLIQUE AQUI para ver o comercial de 30 segundos para TV.

Ministério Público denuncia presidente do PT do RS por peculato e formação de quadrilha em São Leopoldo

O presidente do PT do RS e ex-prefeito de São Leopoldo, Ary Vannazi, acaba de ser denunciado junto com outros 23 elementos, tudo por formação de quadrilha e peculato, crimes investigados pela chamada Operação Cosa Nostra. A denúncia envolve também a empresa Nasbrit, de Aristides deo Nascimento.

Esta é apenas a primeira etapa, segundo o Ministério Público Estadual.

A denúncia foi protocolada na Justiça peloo promotor Thomás Coletto.

Um dos secretários denunciados, o da Habitação, André Letti, disse aso jornal Diário de Canoas que só agia por demanda do prefeito do PT.

Candidato de Cristina Kirchner sai na frente na Argentina

O candidato kirchnerista à Presidência da Argentina, Daniel Scioli, mantém sua vantagem sobre os aspirantes opositores para as eleições de 25 de outubro, segundo duas pesquisas divulgadas nesta segunda-feira na imprensa argentina. Scioli, que obteve 38,5% dos votos nas primárias de 9 de agosto, continua liderando as intenções para as próximas eleições gerais, embora os números ainda não lhe garantam a possibilidade de vencer no primeiro turno.


De acordo com a empresa de consultoria Management & Fit, 39,3% dos entrevistados responderam que votarão no governador da província de Buenos Aires. Já Mauricio Macri, prefeito portenho e candidato da opositora coalizão Mudemos, tinha 31,2% das intenções de voto. Em terceiro lugar ficou o peronista dissidente Sergio Massa, que alcançava 18,3%. A pesquisa foi realizada com 2.400 pessoas e publicada no jornal "Clarín".

Déficit orçamentário de Dilma poderá rebaixar nota de crédito do Brasil

Registro de Londres, via Whats App para esta página:



Nesta terça-feira o mercado financeiro de Lonres reagirá mal ao anúncio de que o governo brasileiro enviará ao Congresso uma proposta de Orçamento com previsão de déficit.

O regaixamento da nota de crédito do Brasi, parece ser uma questão de tempo, porque o mercado já está precificando tudo isso, conforme se percebe pela disparada do dólar e queda da Bolsa de São Paulo.



O que já está ruim, poderá ficar pior.

Xangai fecha a segunda com pequena queda. Preço do petróleo melhora com ânimo da economia americana.

Via Whats App, de Londres, esta manhã:

Esta segunda-feira é dia de feriado em Londres, céu nublado e 16 graus, mas o mercado financeiro fechado não significa que em outras partes do mundo os negócios do mercado financeiro estejam congelados.

A Bolsa de Xangai encerrou seu pregão de hoje em baixa de 0,87%.

A cotação do petróleo, só no mercadoo futuro, é de US$ 48,59 o barril, com baixa de 2,9%. Em Londres, o emrcado sot fechou a sexta feira em US$ 47,74 e expressiva alta de 6%, tudo em função do ótimo desempenho da economia americana.

Ainda há pouco, conseguimos registrar o resultado da prévia do PIB da Índia para este ano, cujo crescimento será de 7%.

Artigo, Vitor Vieira - A falsa crise do Rio Grande do Sul

A foto é também do blog do jornalista Vitor Vieira, o VideVersus. - 


O Rio Grande do Sul é um Estado esquizofrênico. Existem dois Estados no Rio Grande do Sul. O primeiro é aquele que se vê da Capital, Porto Alegre. O segundo é o do Interior. Porto Alegre é uma cidade de burocratas. Quase todo mundo é funcionário público em Porto Alegre, seja das esferas federal, estadual ou municipal, ativo ou inativo, das administrações direta, indireta, fundacional, autárquica ou de sociedades de economia mista. Praticamente não tem casa ou família onde não haja um funcionário público. São mais de 700 mil pessoas vivendo na capital em estreita ligação funcional com o setor público. Isto condiciona cultura, isto impõe uma postura política mais ou menos uniforme, de cunho estatitizante, populista, corporativista. Em resumo, paralisante, porque burocrata é a antípoda do empreendedor. Burocrata gosta de estabilidade, garantia funcional, nenhuma marola, salário garantido no fim do mês até mesmo depois da morte. Toda a imprensa gaúcha que importa,que tem repercussão, está em Porto Alegre. é uma imprensa que repercute esse clima, essa condição social, em resumo, é uma imprensa que só trata de interesses corporativos. Ligue as rádios de Porto Alegre, especialmente nestes dias você ouvirá só anúncios de sindicatos do setor público. Os jornalistas, quando não são eles próprios chapas brancas (têm um emprego em veículo privado de comunicação e outro no setor público, ou saem do setor privado para trabalhar em assessorias no setor público, influenciando seus colegadas nas redações de jornais, rádios, televisões, sucursais, internet), têm familiares no serviço público. Cultura é algo que absorve quase por osmose. Os jornalistas em Porto Alegre, esquerdistas quase por natureza, são retrógrados também por natureza, atrasados, corporativistas, populistas, e refletem e ampliam a crise financeira enfrentada pelo setor público, como se esta retratasse toda a vida gaúcha. Isto simplesmente não é verdade, Basta sair uns 100 quilômetros de Porto Alegre em direção ao Interior, em qualquer direção, para se verificar que uma outra vida, uma outra cultura, viceja lá. As filhas, sobrinhas, netas, de fazendeiros, continuam fazendo suas viagens para o Exterior, preferencialmente aos Estados Unidos (Flórida, Miami) e Caribe, mas também para Argentina e Chile, porque, embora os preços das commodities agrícolas tenham caído, a valorização do dólar está mantendo a prosperidade no campo. Mas, tem outro detalhe fundamental: a maioria das pessoas, nesse mundo do Interior, tem uma mentalidade empreendedora, desafiadora. As pessoas são acostumadas a correr riscos, porque não têm a garantia do salário bancado pelo Papai Estado, pela mãe Teta Pública. As pessoas vão à luta. E são pessoas que dependem muito menos do aparelho do Estado. Aliás, o Estado é visto por elas como um ente que só serve para atrapalhar a vida. Aí está, essa é a dicotomia vivida pelo Rio Grande do Sul. É por isso que os gaúchos não se conscientizam completamente da intensidade da crise vivida pelo Estado. É por isso que os funcionários públicos não sensibilizam o povo gaúchos. É simples assim. Uma consulta aos dados estatísticos exibidos no site do IBGE ajudaria bastante a raciocinar. Mas isso também é outra coisa a que não está acostumada a elite gaúcha localizada em Porto Alegre que se deixa dominar pela cultura estatizante, corporativa, populista.

Servidores da Susepe ameaçam abandonar os presídios gaúchos

O pessoal da Susepe ameaça abandonar os presídios gaúchos à própria sorge. Na prática, isto significa liberar os presos para que se administrem ou caiam fora.

Sartori rende-se às evidências e apresentará projeto ampliando saques sobre depósitos judiciais

Alarmado com as proporções da greve geral iniciada hoje e sob pressão de deputados para que busque solução para minimizar os transtornos com o atraso dos salários, o governador Ivo Sartori anunciou esta manhã que enviará na quinta-feira o projeto que amplia de 85% para 95% o total de saques que pode fazer sobre os depósitos judiciais.

É uma espécie de empréstimo disfarçado.

A mudança, que será aprovada ainda esta semana pelos deputados, permitirá que o governo saque R$ 1 bilhão adicionais de imediato.

Com isto, poderá quitar os salários e evitar o pagamento escalonado.

O dinheiro permitirá que Sartori pague em dia os salários de setembro e outubro, mas em seguida terá que resolver o problema de outro modo.

Bolsas europeias começam a semana no vermelho

As principais bolsas europeias iniciaram a semana com uma tendência negativa, em um mercado inquieto com a situação na China e um possível aumento das taxas de juros americanas.

- O índice CAC 40 da bolsa de Paris retrocedeu 0,47%.


- Em Frankfurt o Dax cedeu 0,38%.

- Em Madri, o Ibex 35 caiu 0,91%.

- Milão, por sua vez, cedeu 0,24%.


Já a bolsa de Londres não operou por ser feriado no Reino Unido.

Dólar chega ao maior nível desde 2002; Bovespa cai 1,85%


O dólar comercial operava em alta nesta segunda-feira e chegou a bater R$ 3,68, no maior nível desde 16 de dezembro de 2002, quando atingiu R$ 3,70 durante o dia. Depois, a moeda reduziu a alta. Por volta das 13h50, o dólar subia 1,54%, a R$ 3,641 na venda.

No sentido contrário, a Bolsa caía 1,85%, a 46.283,52 pontos. Investidores estavam preocupados com as contas públicas brasileiras e com a possibilidade de o país perder seu grau de investimento.

Senadores gaúchos propõem mudar índice da divida dos estados

O senadores gaúchos protocolaram nesta semana projeto de lei complementar (PLC 561) que propõe uma mudança radical no índice de correção do valor da dívida dos estados e municípios com a União.


A proposta — que aguarda designação de relator na Comissão de Constituição e Justiça do Senado— foi assinada pelos três representantes gaúchos na Casa: Ana Amélia Lemos (PP), Lasier Martins (PDT) e Paulo Paim (PT).


Se aprovada, a lei determinará que a dívida do RS já está paga. Mais que isso: o Estado passaria de devedor de R$ 47 bilhões a credor de R$ 5 bilhões pagos a mais à União.

Moro diz ser favorável aos acordos de leniência

O juiz federal Sérgio Moro afirmou, nesta segunda-feira que apesar da reclamação de advogados que defendem empreiteiros e outros presos preventivamente na Operação Lava-Jato, ele entende que autorizou o uso do mecanismo dentro das excepcionalidades previstas em lei. "Eu me deparei com um quadro de corrupção sistêmica, em que existe a necessidade de medidas para estancar a sangria dos cofres públicos", afirmou, após palestra em São Paulo.


O juiz disse que justificam uma prisão cautelar a proteção de processos e prevenir a continuidade da prática de delitos. "Os tribunais superiores têm entendido da mesma forma, então isso me dá uma certa posição de conforto", afirmou.

Questionado, Moro se disse favorável aos acordos de leniência - acordos semelhantes às delações premiadas mas para as empresas - desde que cumpram os requisitos de a empresa se comprometer a abandonar as práticas ilícitas, de revelar fatos e de trocar o comando interno, que se mostrou comprometido com a corrupção. "A empresa tem que fazer sua faxina interna."

Opinião, Osmar Terra, O Globo - Um incentivo ao crime

A atual epidemia de consumo de drogas já é a maior causa de morte entre os jovens brasileiros. Ela está atrás dos recordes mundiais, que batemos, de homicídios, acidentes de automóvel e suicídios, além das mortes por doenças infecciosas e crônicas que ressurgem nas cracolândias de todo o país. Entretanto, a Defensoria Pública de São Paulo, com apoio de ONGs que pregam a liberação das drogas, entrou com uma ação de inconstitucionalidade do artigo 28 da Lei Antidrogas ( 11.343), que está sendo julgada no STF.
Este artigo criminaliza o uso das drogas, mas não pune o consumo com prisão, e sim com penas alternativas.
Prisão é só para os traficantes. Estatísticas mostram que 60% dos abordados portando drogas são considerados usuários e não são presos. Os liberacionistas, porém, querem o fim a qualquer restrição ao uso, como o primeiro passo para a liberação geral.
Na prática, a descriminalização do uso significará a livre circulação das drogas, o aumento da dependência química e de vítimas da violência. Será liberada a compra, mas quem venderá? O tráfico clandestino que se fortalecerá em tamanho e poder de fogo!
Também estabelecer uma quantidade mínima de drogas ilícitas portadas para separar o uso do tráfico trará maus resultados. Colocará em dúvida a capacidade da autoridade policial e judicial de avaliar as circunstâncias em que acontecem. Desautorizará seu trabalho, diminuindo o rigor do controle. E as circunstâncias são decisivas nesses casos. Assim, qual o traficante que andará com mais drogas que o permitido por lei? Nem eles serão mais punidos! A criminalização do uso de drogas no Brasil, mesmo sem a prisão do usuário, é fator de freio e inibe sua propagação indiscriminada nas escolas, locais públicos e eventos.
O que falta são políticas governamentais de segurança e saúde, que garantam resultados melhores. Os liberacionistas dizem ser impossível controlar as drogas (“a guerra está perdida”), que “os presídios estão cheios” e que “o melhor é liberar”. Confundem, propositalmente, omissão governamental com impossibilidade de agir. Escondem o fato de que o aumento de prisões de traficantes é causado pela epidemia do crack. Se essa epidemia for enfrentada e controlada, diminuirá o número de doentes e de presos. Os países que agiram com mais rigor tiveram sucesso na diminuição do consumo e da violência.
A descriminalização do uso também passará a mensagem de que não há problema no uso de drogas, propiciando que os jovens, iludidos, as experimentem sem receio. São eles as maiores vítimas da dependência química e da violência.
O transtorno mental que as drogas causam também está na raiz da devastação familiar e da violência doméstica. Por isso a sociedade, conhecendo o drama, se manifesta, em repetidas pesquisas, radicalmente contra a liberação. 

Promoção de liquidação do shopping Total começará nesta quarta-feira

A promoção Loucura Total, considerada a maior ação de varejo de shopping center do Rio Grande do Sul, ocorrerá entre os dias 2 e 6 de setembro e tem abertura a partir das 12h até às 22h. De quinta a sábado, as lojas funcionam das 10h às 22h e no domingo as lojas do TOTAL abrem das 11h às 20h.

A promoção conta com a adesão total dos lojistas. Itens de vestuário, calçados, perfumaria, cama, mesa e banho ganham descontos de até 80%.

A expectativa do Shopping Total é receber um público de 300 mil pessoas durante os cinco dias de campanha.

Todas as promoçõesestão disponíveis no site (www.shoppingtotal.com.br), na página do Facebook (www.facebook.com/ShoppingTOTAL), Twitter (@Shopping_TOTAL ) e Instagram (Totalshopping).


Zé Dirceu fica calado na CPI da Petrobras

Uma comitiva de deputados que está em Curitiba (PR) realiza oitivas com presos da Operação Lava Jato, a fim de esclarecer ligações entre os suspeitos e o esquema de corrupção que abateu a estatal. Dentre os depoentes convocados está o ex-ministro da Casa Civil, José Dirceu. A intenção dos parlamentares era saber mais sobre a suspeita do recebimento de propina, por parte de Dirceu, através da sua empresa, a JD Consultoria.


Durante o depoimento, Dirceu foi questionado se aceitaria fazer um acordo de delação premiada para falar sobre o que sabe do esquema de corrupção que atingiu a Petrobras. Porém, o ex-ministro seguiu orientações de seu advogado e permaneceu calado, não respondendo nenhum questionamento dos parlamentares.


O ex-chefe da Casa Civil está preso na Superintendência da Polícia Federal desde o início do mês. As audiências ocorrem no prédio da Justiça Federal no Paraná.

Ibovespa afunda com piora nas contas do governo Dilma; dólar dispara


O dólar comercial subia quase 2% nesta segunda-feira, e a Bovespa tinha tombo de mais de 2,5%. A imprensa noticiou que a proposta de Orçamento de 2016 que será enviada pelo governo ao Congresso nesta segunda-feira trará projeção de deficit primário (sem economia para pagar juros da dívida) para o ano que vem. Investidores entenderam que essa decisão deixaria o Brasil mais próximo de perder o grau de investimento.

 

Por volta das 10h20, a moeda norte-americana subia 1,96%, a R$ 3,656, e o recuava 2,75%, a 45.856,18 pontos.  Deixe sua opinião (Com Reuters) Leia Mais

A vanguarda gaúcha do atraso tira manifesto para informar que um Rio Grande ainda menor é possível

A vanguarda do atraso comprou meia página da capa e duas páginas centrais do jornal Correio do Povo de hoje para defender propostas retrógradas, redundantes, vazias, populistas, demagógicas, escapistas, corporativistas e atrasadas, todas que foram executadas com resultados devastadores para a gestão pública estadual e a economia do RS.

E que imobilizam e atrasam o RS e o País.

As entidades não aprenderam nada, não esqueceram nada e querem que o RS continue imobilizado e afunde cada vez mais no poço do atraso econômico, político e social.

A vanguarda do atraso levanta a cabeça vazi, depois da devastadora derrota que suas teses sofreram nas eleições do ano passado, tudo para impedir as reformas e a modernização do Estado.

Não passará.

O título é um derivativo guasca da consigna do insepulto Fórum Social Mundial, "Um Rio Grande Maior é Possível".

As seis principais propostas correspondem a ações executadas pelos governos Olívio e Tarso Genro, que rseultaram na herança maldita enfiada no colo do governador Ivo Sartori:

Aumentar a arrecadação sem aumentar impostos
Combater a sonegação com foco na fiscalização
Pela auditoria da dívida do Estado
Gestão pública competente e menos cabides de emprego
Sem privatizações e nem sucateamento
Serviços públicos de qualidade

O manifesto não se refere à herança maldita deixada por Tarso e ignora a crise econômica, social, política e ética conduzida com mão de ferro pelo governo Dilma Roussef.

Assinam entidades como CREA, Senge, CUT, CTB e Afocefe, todas identificadas há muito tempo com o PT, os governos do PT e seus satélites do tipo PSOL e PCdoB. A CUT, por exemplo, é o braço sindical do PT, aliada intransigente dos governos Dilma e Tarso no RS.

Sartori avisa que atrasará de novo o pagamento da dívida com a União

Sartori parece descontraído demais. - 


O governador Ivo Sartori anunciou ainda há pouco que não pagará novamente a dívida do Estado com a União.

São R$ 280 milhões.

A União já avisou que bloqueará de novo as contas bancárias do Estado e confiscará o dinheiro devido.

Ivo Sartori também confirmou que pagará os servidores em quatro parcelas de 8 tranches, conforme o editor informou ontem a noite (leia abaixo).

O governador, que ontem, na Expointer, resolveu fazer uma brincadeira com seu colega Geraldo Alckmin, dançando e rindo, pediu desculpas ao distinto público, esta manhã. O governador tem encarado a crise com sangue frio surpreendente, mas em determinados momentos passa dos limites e tira a seriedade da posição que mantém o governo sobre a crise.

Ministro Gilmar Mendes diz que Janot deve parar de advogar para Dilma Roussef

 O ministro Gilmar Mendes falou ao blog Antagonista ontem à noite. Leia a nota do blog:

Ele está indignado com o arquivamento do caso da gráfica fantasma e acha que Rodrigo Janot se desviou da função de chefe do Ministério Público ao criticar o Judiciário e o MPF. "Janot deve cuidar da Procuradoria Geral da República e não atuar como advogado da presidente Dilma".

Para o ministro, o caso continua a merecer investigação. "A VTPB recebeu R$ 23 milhões, mas não tem funcionários nem equipamento. Pode haver outros crimes, inclusive fiscais e previdenciários. Houve fraude dentro da campanha"

Pesquisa do Banco Central mostra recessão de 2,26% este ano

pesquisa Focus, do Banco Central, mostra uma queda do PIB em 2015 de 2,26% e de 0,40% em 2016.

Crise já fechou 2 mil empresas varejistas em Porto Alegre, apenas no primeiro semestre

É dramática e sem precedentes a crise por que passa o comércio varejista do RS, com ênfase para Porto Alegre, porque segundo dados apurados pelo Sindilojas nos arquivos da Junta Comercial do Rio Grande do Sul, apenas  no primeiro semestre deste ano, foram extintos 2.257 estabelecimentos varejistas na Capital. 

O número equivale a 43% do total das 5.227 empresas do setor que foram abertas no mesmo período.

Isto significa que praticamente para cada duas empresas que abriram no semestre, uma fechou.

O presidente do Sindicato, Paulo Kruse, atribui o alto índice de fechamento de lojas à falta de incentivos para o setor, que arca com custos que só aumentam, como aluguel, energia elétrica, logística e demais tributos. "O cenário não é bom. Parcelamento do salário integral dos servidores, defasagem na área da segurança pública, aumento de impostos, aluguéis altíssimos. Tudo isso tem resultado direto no comércio", aponta. Ele acrescenta que é preciso discutir e encontrar, na crise, uma oportunidade para oxigenar o setor e continuar crescendo.

O segmento de vestuário e acessórios lidera o ranking das empresas que encerraram as atividades no primeiro semestre de 2015, ao todo 496 lojas fecharam. A segunda posição do ranking é ocupada pelo setor de cosméticos, produtos de perfumaria e higiene pessoal, que soma 197 negócios encerrados. Já em relação aos segmentos de souvenires, bijuterias e artesanato, são 158 lojas fechadas. E ferragens e materiais de construção tiveram 148 empresas que encerraram suas atividades.  


O dado reflete, de acordo com Kruse, o cenário de incertezas com os rumos da economia que o Estado e o País estão passando. "As áreas de bens supérfluos como roupas, sapatos e cosméticos, são as mais afetadas, pois quando os valores de itens básicos aumentam, como a luz que teve um acréscimo em torno de 40% neste ano, os gastos no comércio diminuem ou até mesmo são extintos", ressalta. E isso, segundo ele, gera receio e desconfiança com o setor em grande parte dos lojistas.

RS espera por novo aditivo entre Petrobrás e Braskem sobre preço da nafta

Acaba hoje o terceiro aditivo ao contrato de fornecimento de nafta firmado entre Braskem e Petrobras em 2009, e que venceu em fevereiro de 2014. O comando da petroquímica tem mantido reunões seguidas com o ministro de Minas e Energia, Eduardo Braga, em Brasília, para tentar chegar a um acordo de longo prazo de compra e venda da matéria-prima com a estatal. 

A questão interessa de perto o RS, porque da resolução dependem investimentos previstos para o Pólo de Triunfo. Além do presidente da Braskem, Carlos Fadigas, e do ministro, participaram o diretor de abastecimento da Petrobras, Jorge Celestino Ramos, e representantes dos governos do Rio Grande do Sul, São Paulo e Bahia, onde a petroquímica opera centrais a base de nafta

A petroquímica informou que as negociações avançaram, porém ainda não houve um acerto definitivo. Nesse contexto, e diante da proximidade do fim do mês, é possível que as companhias recorram a um novo aditivo para garantir o suprimento de matéria-prima nos próximos meses. 

A Braskem e a Petrobras, que é a segunda maior acionista da companhia controlada pela Odebrecht, discutem desde 2013 um novo acordo de compra e venda de nafta, principal matéria-prima da companhia com consumo anual da ordem de 10 milhões de toneladas. A Braskem chegou a apresentar uma nova fórmula para cálculo de preços, que incorpora também a referência americana de Mont Belvieu, resultando em um intervalo de valor para a nafta de 90% a 110% da cotação ARA, usada no mercado europeu. O contrato que venceu no ano passado previa variação de 92,5% a 105% ARA. Historicamente, o preço da nafta equivale a cerca de 9 vezes o barril do Brent, que ontem fechou em US$ 43,14 na ICE future. No entanto, diante da manutenção do impasse em torno dos preços do insumo, a própria petroquímica passou a trabalhar com a possibilidade de que um novo aditivo de seis meses seja assinado até segunda-feira. 

O jornal Valor informou que de acordo com Otávio Carvalho, diretor da consultoria MaxiQuim, especializada nas indústrias de petróleo e gás, química e petroquímica, mais do que a recente desvalorização do petróleo, a mudança estrutural nos preços internacionais do petróleo e o maior grau de volatilidade das cotações externas da nafta podem dificultar ainda mais as negociações. "Há muitas incertezas e o grau de volatilidade das cotações atrapalha. O problema não é em que nível está o preço do petróleo ou o da nafta", afirmou Carvalho. No início do ano, segundo estimativa da MaxiQuim, o preço da matéria-prima no país estava em US$ 610 por tonelada - após ter atingido US$ 940 por tonelada em julho de 2014. Neste mês, esse valor já deve ter chegado a US$ 478 por tonelada. A tendência, segundo o especialista, é a de manutenção da trajetória de queda, uma vez que os preços do insumo no país refletem com três meses de atraso a variação da nafta ARA, que já caiu abaixo de US$ 400 a tonelada na esteira do forte recuo do petróleo. Historicamente, explicou Carvalho, o preço da nafta equivale a cerca de 9 vezes o barril do óleo Brent, que ontem fechou em US$ 43,14 na ICE Futures em Londres 

A crise do setor metal-mecânico do RS, o segundo mais importante do País, é a pior de toda a história do Brasil

O artigo a seguir é do economista Igor Morais e intitula-se "Pobre metal….". O editor leu atentamente e sintetizou o assunto no título acima. A produção industrial do setor metal-mecânico caiu 16% no primeiro semestre e 24% no RS. 

Leia e entenda mais, inclusive as razões da crise maior no RS:


Ainda estamos descobrindo os números do primeiro semestre de 2015 e já é o suficiente para apontar recorde de resultados negativos para o segmento metal-mecânico no Rio Grande do Sul. A impressão só não é pior porque tivemos, recentemente, a crise de 2009. Mas há diferenças importantes entre aquela crise e a atual. A primeira atingiu o mundo, e essa tem como protagonista o Brasil e, de tabela, a economia gaúcha. Naquele momento a situação fiscal no Brasil permitia ao Governo adotar uma política anti-cíclica para abreviar a crise, o que realmente aconteceu. Atualmente estamos no pior momento fiscal da história do país, o que também não é diferente no Rio Grande do Sul. Por fim, ainda em 2009 o Governo Federal tinha capital político para enfrentar a crise, atualmente não há Governo no Brasil. Ao menos nisso o Estado se diferencia. Isso posto, é possível afirmar que os números ruins no segmento podem piorar ainda um pouco mais. Ou seja, a crise, iniciada em 2014, deverá ser longa, podendo adentrar em 2016. Mas, há diferenças entre o cenário no segmento metal-mecânico no Brasil com o do Rio Grande do Sul. A produção industrial, por exemplo, cai de forma significativa no Brasil (-16%), enquanto que no Rio Grande do Sul a queda é bem maior, de 24%. O que explica esse resultado é a piora das relações comerciais com a Argentina, um parceiro muito mais importante para a economia gaúcha do que para o Brasil, além de dificuldades, em especial, na indústria de máquinas e equipamentos e de veículos automotores. Na medida em que verificamos a piora nas expectativas de empresários, os investimentos se retraíram e, com ele, as encomendas de máquinas, produto importante para a economia do Rio Grande do Sul e também na venda de caminhões, ônibus e reboques. Isso sem falar no fato de que a retração da demanda interna, principalmente nas faixas de renda menores, afetou a produção de automóveis do Estado. Além da produção, há diversos indicadores relacionados ao segmento metal-mecânico que também apresentaram performance pior no Estado relativamente a média do Brasil, como é o caso do faturamento, emprego, horas trabalhadas, salário real, exportações e importações. O que explica o fato dessa crise ser tão mais intensa aqui do que na média do Brasil? Há dois importantes polos metal-mecânico no país, em São Paulo e no Rio Grande do Sul. Claro, há produção de veículos em outros estados, como Rio de Janeiro, Minas Gerais, Goiás, Bahia e Paraná, mas esses não contam com a presença de uma cadeia produtiva diversificada como aqui, e que contempla também a indústria metalúrgica, produtos de metal, material elétrico e eletrônico e máquinas e equipamentos. Como essa é uma crise de confiança e de demanda, as encomendas de máquinas e de produtos de bens de consumo duráveis são fortemente atingidas. Além disso, a retração em outros segmentos industriais que demandam aço, afeta diretamente o segmento de metalurgia, que também tem forte presença no Rio Grande do Sul. A queda na produção aqui chega a ser duas vezes maior que a média nacional, como reflexo do perfil do produto que é feito aqui. Por fim o segmento metal-mecânico gaúcho tem uma forte relação com a Argentina e as dificuldades políticas e econômicas no país vizinho foram determinantes para a piora do cenário nos últimos meses. Essa será, sem dúvida, a pior crise pelo qual irá passar o segmento no Estado, tanto em termos de magnitude quanto de duração. A sua reversão ainda não é visível no horizonte e são esperados novos ajustes, em especial nas variáveis relacionadas ao mercado de trabalho. Já foram mais de 10 mil postos de trabalho fechados no Rio Grande do Sul nos primeiros seis meses do ano somente no metal-mecânico. É bem verdade que uma taxa de câmbio mais desvalorizada pode resultar em retomada das encomendas, mas não se esqueça de que esse processo de substituição de importações é inflacionário e não irá ocorrer de forma generalizada, uma vez que muitos elos dessa cadeia produtiva foram destruídos nos anos de câmbio valorizado. Por hora resta esperar pelo processo de ajuste macroeconômico, mas que os gestores de política aprendam com os erros do passado, pois o custo desse ciclo de recessão será elevado. 

Vendas de free shops uruguaios vizinhos do RS despencaram 40% no primeiro semestre

No primeiro semestre, despencaram 40% as vendas dos free shops uruguaios localizados nas cidades que fazem divisa com o RS.

É tudo consequência da desvalorização do real frente ao dólar e da incerteza dos consumidores brasileiros em relação ao futuro. 

Muitas lojas que vendiam alimentos e confecções fecharam, desempregando mil traBALHADORES.

Os free shops pesquisados são os de Artigas, Rivera, Cerro Largo e Rocha. 

Fecomércio avisa que ICMS mais caro provocará perda de 5 mil empregos no RS

Este será o impacto sobre a economia gaúcha, caso o governo Sartori emplaque o aumento do ICMS, conforme projeto enviado à Assembléia para ser decidido em regime de urgência, conforme a Fecomércio:

- Perda entre 0,5% a 1%¨nas vendas do comércio.
- Inflação estadual de mais 1,3%.
- Extinção de 5 mil a 8 mil empregos

Dilma esquece Salgado Filho, nova ponte do Guaíba e metrô de Porto Alegre

O governo federal não quer mais falar sobre expansão do Salgado Filho, da nova ponte do Guaíba e muito menos da implantação do metrô de Porto Alegre.

Governo gaúcho retoma parceria sobre portos e hidrovias com governo da Holanda

Na manhã desta segunda-feira, 9h, o secretário dos transportes, Pedro Westphalen, tentará retomar os acordos iniciados no governo Yeda com o Ministério dos Transpotes da Holanda. Na época, consultores ligados a entidades como a Associação dos Portos de Amsterdã (Amport) e o NEA (instituto holandês de pesquisas internacionais na área de transportes) chegaram a efetuar um master plan (plano diretor) com conclusões e recomendações a serem implementadas no sistema hidroportuário gaúcho. Em 2010, entusiasmados com o tema, o governo do Estado assinou protocolo de intenções com as empresas Doux, Navegação Guarita, Terminal de Contêineres (Tecon Rio Grande) e a Federação das Indústrias do Rio Grande do Sul (Fiergs) para reativar o transporte de contêineres pela hidrovia. No entanto, a ação não foi bem-sucedida.

O secretário dos Transportes, Pedro Westphalen, adianta que o encontro desta segunda-feira servirá para atualizar as informações sobre o planejamento dos holandeses e estreitar a relação entre as partes. 

A cooperação não foi adiante porque o governo do PT não quis levar adiante o programa. 

Uma sugestão do master plan é transformar o porto do Rio Grande em um concentrador de cargas e o Estado em centro logístico do Mercosul. O exemplo vem dos complexos portuários de Amsterdã e Roterdã, que desenvolvem forte política de atração de transporte de mercadorias pela hidrovia. Para os holandeses, os cais de Porto Alegre, Cachoeira do Sul, Estrela e Pelotas podem se tornar uma rede coletora para alimentar o terminal marítimo gaúcho.


Westphalen ressalta ainda que, além do atual potencial, o modal pode tornar-se mais interessante com a concretização da Hidrovia Brasil-Uruguai, que prevê a ligação das lagoas Mirim e dos Patos. Para isso, o secretário lembra que será necessário realizar a dragagem do canal Sangradouro (na região de Pelotas), obra que deverá ser feita pelo governo federal.

Artigo, Pedro Lagomarcino - Os "aspirantes a pipoqueiros"

Qualquer “administrador de carrocinha de pipocas” sabe que ao “fechar as torneiras” a conta de água vai diminuir no final do próximo mês. Aliás, nem precisa ser muito iluminado para tomar uma medida destas e que isso não é, nem de longe, uma “estratégia”, bastando ir lá e fazer.
Evidentemente, que não estou a me referir aos pipoqueiros que nos encantam com suas deliciosas pipocas Brasil à fora, pois se estivesse a falar do talento e da capacidade destes, certamente, não tenho dúvidas que o Brasil apresentaria níveis infinitamente mais satisfatórios dos que vem apresentado, inclusive, nos quesitos aroma e paladar. Estou a me referir sim, aos últimos governadores do Estado do RS e, inclusive, a atual Presidenta da República.
No caso do RS temos a seguinte constatação: Sartori culpou o governo Tarso, que culpou o governo Yeda, que culpou o governo Rigotto, que culpou o governo Olívio, que culpou o governo Brito, que culpou o governo Colares, que culpou o governo Simon, que culpou o governo Jair Soares.
No caso do governo federal, há um paradoxo, ou seja não há equação, porque Dilma é antecessora dela mesma, ou seja, Dilma só pode, com o perdão do hiper-pleonasmo, “se-culpar-se-a-si-própria” (risos) ou então delatar Lula, seu próprio mentor.
Se cada um culpou o governo de seu antecessor, pelo estado deplorável que recebeu as finanças do Estado ou do país que passou a administrar e, nenhum, no mínimo, interpelou o outro judicialmente, ou ajuizou qualquer ação contra o partido ou a coligação que estava no governo, parece ser apropriado perguntar:
- Todos prevaricaram?
Penso que esta pergunta é oportuna, em razão do que está escrito no art. 319, do Código Penal, assim transcrito (grifamos):
“Art. 319 - Retardar ou deixar de praticar, indevidamente, ato de ofício, ou praticá-lo contra disposição expressa de lei, para satisfazer interesse ou sentimento pessoal:
Pena - detenção, de três meses a um ano, e multa.”
Não se pode crer que ao longo de 4 (quatro) anos de exercício dos respectivos mandatos, os mandatários não tenham sido capazes de determinar 1 (um) ato de ofício sequer, no sentido de que os causadores dos prejuízos, viessem, efetivamente, ressarcir o Erário, nem tampouco que uma ação de ressarcimento fosse ajuizada, especificamente, neste sentido.
No RS e no Brasil é estarrecedor que as finanças tenham sido entregues a esta nova classe que o IBGE há de constatar já no próximo censo: a dos “aspirantes a pipoqueiros”, os quais marcam suas administrações com um traço inconfundível: gostar de “pipocar”. Sim, gostam de “pipocar”, porque ou causaram atos lesivos ao Erário, ou aos Princípios Constitucionais da Administração Pública, ou não tomaram nenhum ato de ofício efetivo sequer, no sentido de que o Erário venha ser ressarcido, pelas péssimas administrações anteriores.
Diferentemente, os pipoqueiros que nos servem as deliciosas pipocas guardam em um caderninho, na ponta do lápis, a lista de todos clientes que passaram pela carrocinha e levaram a pipoca, mas se comprometeram a acertar outra hora. Este é o porquê os pipoqueiros nunca saíram de moda e o porquê os “aspirantes a pipoqueiros” não terem mais vez. Aqueles assumem o posto e sabem exercer seu ofício com maestria, nem que para isso tenham de se indispor, cobrando de seus clientes, pois se tivessem de fornecer pipoca de graça, a carrocinha já iniciaria fadada ao fracassar. Ao passo que os últimos, se fossem administrar uma carrocinha, creio que não teriam sucesso, porque ou não sabem cobrar os créditos que têm, ou porque não querem se indispor, ou porque deixaram se encantar, com aroma e o paladar da boa pipoca, ao longo de 4 (quatro) anos de exercício, levando-me a crer que preferiram mais comer, quando se sabe que podiam comer, mas deviam também administrar.
Ah! Não podemos nos esquecer. Os “aspirantes a pipoqueiros” dispõem até de um verdadeiro detefon (aquele no não mata, mas tonteia), para tentar confundir a plateia de contribuintes: ora é o cenário atual, ora é a crise política ou econômica, ora é a conjuntura ou a falta de ambiente político, ora não dispõem de compreensão na Assembleia ou na Câmara dos Deputados, ora a falta de vontade política, ora o clima, o tempo, o mês, o dia, o horário, a numerologia, enfim, etc, etc e etc.
Na verdade esta nova classe política acha que sabe, mas seja pela falta de noções efetivas de gestão pública (tecnicamente falando), seja pela falta de ética, seja pela falta de estreita observância aos Princípios Constitucionais da Administração Pública (da legalidade, da impessoalidade, da moralidade, da publicidade e da eficiência) desvela-se, em pouco tempo, como patética. Por trás das muitas gaiatices que promove, não está mais a legitimidade dos votos que a elegeu, mas a ilegitimidade dos votos que traiu, no que prefiro chamar de violação axiológica do teor do voto.
Após tomar posse, “do dia para a noite” o discurso muda e as tantas “convicções” que os candidatos diziam ter e que passaram ao eleitorado em forma de “propostas”, deixam de existir, coincidentemente, quando se tornaram mandatários, de modo que as bases da legitimidade, com a mesma rapidez, se transformaram em ilegitimidade, por conveniência ou conivência.
Dilma fez isso logo que iniciou o mandato em 2015, ao aumentar a conta de luz de milhões de brasileiros, visivelmente, porque na roubalheira que ocorria na Petrobrás, a qual ela não tomou nenhum ato de ofício, dado o êxito da Operação Lava-Jato, só existia uma saída para continuar com o projeto de poder da Organização Criminosa chamada PT: aumentar a tributação, para arrecadar mais. Sim, o PT é uma Organização Criminosa desde o momento em que engendrou o Foro de São Paulo e compartilha do mesmo pão, com as FARC, para fazer negócios dos mais escusos, a exemplo dos que já faz com Cuba, através do BNDES, certamente, para imprimir ares de oficialidade à ilicitude. Só no Brasil esta Organização Criminosa chamada PT funciona como partido político, sob o manto da legalidade.
A Deputada Estela Farias, do RS, foi muito clara ao manifestar, calmamente, que “se é para fazer luta política sem seriedade nós (referindo-se a ela e a seu partido, o PT) sabemos fazê-la”, conforme registrou o Jornalista Diego Casagrande em sua página no facebook:
https://www.facebook.com/diegojornalista/videos/960216800684602/
No caso do RS, Sartori, dias após tomar posse, marca seu primeiro ato, pelo Decreto nº. 52.230/15 (conhecido como Decreto do Calote) no qual determinou o não pagamento, por 180 dias, a empresas que têm a receber do Estado por serviços já prestados, bem como por proibir a nomeação de candidatos já aprovados em concursos públicos. Apenas para fins de registro, estima-se que o Estado do RS, através do Decreto do calote deixo de pagar mais de R$ 700 milhões. E agora, eis o atraso pagamento de salários de servidores públicos e proposta de aumentar o ICMS.
Ressalto, para destacar bem, o fundamento da ilegitimidade escancarada de ambos (Dilma e Sartori): a violação axiológica, ululante, do teor do voto.
Será que ambos teriam sido eleitos se houvessem anunciado de forma transparente ao eleitorado o aumento de tributos? Como se não bastasse o Brasil “ostentar” a posição de país com a maior carga tributária do mundo. E mais, será que ambos sairiam vitoriosos, se dissessem com transparência que não iriam pagar empresas e atrasar salários de servidores? Leia-se, dar calote.
Evidentemente que não.
Este é o Brasil, um país em que a mentira e os piores exemplos advêm, com oficialidade, de suas maiores autoridades: Presidentes e Governadores.
A estratégia dos “pipoqueiros” de “fechar as torneiras” é sempre a mesma, ou seja, são sempre os mesmos a sentir o não anunciado, mais imposto “racionamento”: professores estaduais, policiais militares, bombeiros, funcionários de carreira do Estado, dentre outros, que são, inacreditavelmente, tratados em descompasso ao real valor que possuem, como se fossem um câncer dentro da Administração Pública. Ora essa! Os cânceres da Administração Pública são na verdade estes “aspirantes a pipoqueiros” que deveriam se preocupar em efetivamente servir o Estado e não em se servir do Estado, porque a Administração Pública possui como fim precípuo, o bem comum.
A bem da verdade, sejamos francos, as “torneiras” não foram devidamente fechadas como anunciou o governador Sartori, na medida em que como autor do “racionamento” foi também quem ajudou a “virar a caixa d’água”, quando sancionou o aumento dos seus próprios vencimentos, bem como dos Deputados e de todo seu Secretariado.
Como pode ter o despeito de aumentar seus vencimentos, se recém iniciou o mandato e sendo que os vencimentos e os penduricalhos mais pomposos do Poder Executivo pertencem aos seus Secretários de Estado e, no Poder Legislativo, aos Deputados?
Para o “rei” e para quem é “amigo do rei” a Lei é uma, para quem não é “rei”, nem “amigo do rei” a Lei é outra.
Este é o Brasil, um eterno país subdesenvolvido que, em tempos de República e de vigência do Estado Democrático de Direito, vive práticas de lamentável coronelismo.
É patético o governador Sartori e mais ainda a declaração dada de que “o RS passou do fundo do poço”, quando as notícias revelaram, inclusive, que não bastasse ele ter ajudado a “virar a caixa d’água”, meses depois foi “pedir água” de uma bica que não lhe pertence, qual seja, a dos depósitos judiciais, dinheiro este que não é do Estado, e sim, custodiado pelo Estado, por ser das partes que litigam em Juízo.
Como é fácil no Brasil, chamar a atenção dos holofotes, para fazer caridade com o bolso alheio, ou seja, com o bolso do cidadão. E mais, é engraçado que o doador nunca gasta nada do seu próprio bolso, mas noticia a “doação” com ares de possuir “prestígio político”.
Quanto engodo, quanta mentira, quanta sujeira.
E hoje, segunda-feira, dia 31-08-2015, quem “virou a caixa d’água” e não tem moral para falar de “racionamento e de escassez hídrica”, determinou que milhares de servidores terão suas “torneiras fechadas”, das quais sairão apenas “uma gota” de R$ 600,00.
Se pagar salário em dia é obrigação e a retenção dolosa é crime, o que dizer do fato dos servidores estaduais do RS serem reduzidos, em contrariedade ao Direito, às condições análogas a de escravos, por ato unilateral de um “aspirante a pipoqueiro” que simplesmente decide que não irá lhes pagar?
Sartori e Dilma já deram todas as cartas que não sabem administrar sequer uma "carrocinha de pipoca". Aliás, não sejamos ingênuos, a ponto de pensarmos que por ele ter sido Prefeito de Caxias, chegaria ao ponto de saber governar um Estado. Caxias é uma cidade recheada de empresas e com uma economia totalmente diferenciada de todo o RS. Aliás, é uma das regiões com maior PIB do Estado. Prefeito em Caxias, resume-se pela expressão "arroz de festa", porque a cidade não depende de Prefeitos para prosperar.
Sartori não irá atrair investimentos para o Estado, e já deu todas as provas de não possuir projetos de curto, de médio e de longo prazo, porque se decide unilateralmente não pagar servidores públicos, o consumo diminui, o endividamento aumenta, empresas não recebem, o desemprego aumenta e a população empobrece. Além só um lunático acreditaria que, diante destes fatos, Sartori saberia usar indicadores, ou o que se entende por gestão pública.
Dois fatores estarrecedores ainda se destacam:
1º - Desvios de verbas públicas;
2º - Improbidade administrativa.
Tarso Genro, recentemente, foi condenado pelo Tribunal de Justiça do Estado, com trânsito em julgado, por improbidade administrativa. Yeda Crusius, atualmente é ré em ação de improbidade administrativa, mas destaco, o processo ainda está em trâmite e não há condenação.
A propósito, não vamos nos deixar enganar pelo chamado "déficit zero" tão noticiado por Yeda, pois isso não passa de uma pífia maquiagem contábil, a qual tem em suas entrelinhas um empréstimo de U$S 1, 100 bilhão contraídos junto ao BIRD. Ou seja, mais de R$ 3,400 bilhões nas contas do Erário e, obviamente, que serão pagos pelo povo gaúcho, através de tributos.
http://www1.folha.uol.com.br/poder/2008/07/423571-bird-libera-emprestimo-de-us-11-bilhao-para-governo-de-yeda-crusius.shtml
Quando governadores passam a figurar no campo da improbidade administrativa, tanto como condenados como trânsito em julgado, como como réus, temos o reflexo dos piores tempos da política. Precipuamente, porque quem desabona suas condutas é o Ministério Público, órgão encarregado de defender os interesses da própria sociedade.
E este tempo, lamentavelmente, é o tempo atual.
Antigamente, Dilma e Sartori seriam exemplos clássicos de déspotas esclarecidos. Mas, dada a inquestionável falta de luz nas referidas gestões, atualmente, no máximo poderiam ser chamados de “déspotas escurecidos". Como deixam, e muito, a desejar, em termos de efetividade da gestão pública, integram a classe dos “aspirantes a pipoqueiros”.
Temo, sinceramente, que o passar do tempo permita-os deixar muitos aprendizes. Até lá, o que me pergunto é:
- Sobrará RS?
- Sobrará Brasil?
Temos como certo que o homem criou o Estado. Mas também foi o homem que supervalorizou-o e que divinizou-o. Concebeu-o como se fosse uma fonte inesgotável de recursos, para suprir necessidades infinitas de seus governados e de seus próprios governantes. Esqueceu-se, que para cumprir formidavelmente tarefa, este Estado depende de algo que não cabe meio termo: a capacidade, a lisura e a ética daqueles que o governam.


Pedro Lagomarcino, advogado, Porto Alegre.

Tarso omitiu-se na ação da OAB contra a dívida com a União

CLIQUE AQUI para ler as 26 páginas do texto integral da ação, assinada por Claudio Lamachia, Hamilton Dipp, José Figueras e Gilmar Stelo. -


O governo Sartori, PMDB, está cheio de dedos para revelar com todas as letras que o governo anterior de Tarso Genro, PT, não moveu uma só palha junto ao STF para repactuar a dívida com a União, que consome todos os meses a importância de R$ 280 milhões.

Trata-se de uma dívida impagável. 

O governo estadual devia R$ 9,7 bilhões, pagou R$ 22 bilhões e ainda deve R$ 49,3 bilhões. A OAb pede, entre outras coisas, mudança de indexador e fim dos juros capitalizados, inclusive sobre o passado, o que resultaria na quitação da dívida. 

O governo Tarso Genro foi chamado pelo STF a entrar como polo passivo ou ativo na ação movida em 2012 pela OAB do RS, mas resolveu se omitir. Falou mais alto seu alinhamento político com o governo federal do PT. A movimentação política temporã que fez no Congresso, foi apenas espuma. 

Sartori não fala isto claramente. 

O governador ainda poderá ganhar tempo, entrando como assistente ou ajuizado uma cautelar incidental na ação movida pela OAB, que está conclusa desde 2013 com a ministra Rosa Weber, mas preferiu fazer sua própria ação, provavelmente de olho no resultado político do seu movimento. Resolveu começar do zero, perdendo tempo. O relator escolhido para decidir, Marco Aurélio Mello, já falou fora dos autos, avisando:

- O RS tem que resolver isto nas mesa de negociações.

Calote do governo e greve geral do funcionalismo criam cenário de tensão e crise grave no RS

A greve de quatro dias que começa hoje no serviço público estadual gaúcho será maior do que a anterior, realizada há menos de um mês.

O cenário social e político é de tensão e crisde no Estado.

A economia será novamente afetada de maneira drástica.

Sem receberem seus salários em dia e sem perspectiva de melhora, o funcionalismo promete recrudescer com nova greve, esta por tempo indeterminado.

Líderes sindicais querem que a greve por tempo indeterminado inicie ao término da pasralisação desta semana.

Polícia entra em greve hoje e Brigada fará o mesmo amanhã. Greve do funcionalismo estadual durará quatro dias no RS.

A greve geral dos servidores públicos do Executivo do RS (Legislativo, Judiciário, MPE, TCE, estatais e fundações estaduais não entrarão em greve) paralisa desde a manhã as escolas, unidades de saúde, polícia civil e repartições públicas, mas poderá afetar bancos, lojas e transporte pública, dependendo do nível de segurança que for para as ruas.

A greve será de quatro dias.

Esta manhã, o governador vai explicar de que modo pagará os salários de agosto, mas hoje somente serão depositados R$ 600,00 em cada conta, inclusive na dele e secretários estaduais.

Os sindicatos dos funcionários estaduais também falarão est amanhã.

O problema mais grave para a população é a segurança pública, porque hoje para a Polícia Civil e amanhã parará a Brigada. 

De acordo com uma nota publicada pelo Urgeirm Sindicato, todas as ocorrências passíveis de registro pela delegacia on-line não serão mais registradas nas Delegacias de Polícia, tais como a perda de documento, acidente de trânsito sem vítima, furto simples, crimes contra honra, maus tratos contra animais e perturbação da tranquilidade, até a integralização do subsídio. Serão registradas apenas as ocorrências policiais graves, a critério do Delegado de Polícia, como, homicídios, roubos, estupros, crimes envolvendo crianças e adolescentes, violência doméstica e familiar; quanto aos autos de prisão em flagrante, deverão ser lavrados normalmente.


Ainda conforme a nota do sindicato da Polícia Civil, não serão realizadas ações e operações policiais até a data da integralização do subsídio referente ao mês de agosto. Não serão remetidos inquéritos policiais, termos circunstanciados e procedimentos para adolescentes infratores, exceto autos de prisão em flagrante, autos de apreensão em flagrante e inquéritos policiais envolvendo investigados presos, até a integralização do subsídio. Não haverá circulação de viaturas e as operações e investigações serão suspensas.

Segunda-feira será novamente de céu azul, sol claro e temperatura alta no RS

No Rio Grande do Sul o sol e o tempo bom predominará nesta segunda-feira. Em Porto Alegre, neste momento, 7h37min, o céu azul, o sol é claro e a temperatura é de 13 graus. No entanto, diferentemente do domingo, que teve amplos períodos de céu claro, a nebulosidade começará a aumentar com o avanço de uma frente fria a partir do Sul. No fim da tarde e à noite pode ter chuva localizada na Metade Sul e bem mais isolada no Centro do Estado.

O dia será quente no RS. A mínima em Porto Alegre é de 13ºC e a máxima  será de 32ºC. 


Na próxima madrugada e durante a terça-feira a frente fria se intensifica e avança para Norte, trazendo chuva para cidades do Centro e do Norte do Estado. Temporais isolados podem acompanhar a chegada do frio.

Funcionalismo gaúcho começa a parar nesta segunda. Na terça, segurança estadual fará greve geral.

Ao lado, servidores usam as redes sociais para ironizar a decisão do governador Sartori de pagar apenas 600 reais nesta segunda. -


Os servidores públicos estaduais gaúchos farão greve a partir destasegunda até quinta-feira. O movimento é uma resposta dos sindicatos às medidas adotadas pelo governo de José Ivo Sartori de não pagar os salários em dia, parcelando-os.

Nesta segunda, pararão escolas, unidades de saúde do governo estadual, policia civil e funcionalismo em geral.

A Brigada Militar promete aquartelar-se as partir da meia noite.

Nas terça, quarta e quinta-feiras, a segurança estadual estará seriamente comprometida, sendo que bancos e lojas poderão fechar as portas. 

No primeiro dia de manifestação, o Movimento Unificado dos Servidores Públicos do Estado irá realizar uma coletiva, às 10 horas, na Federação Sindical dos Servidores Públicos (Fessergs), localizada na Rua Doutor Flores, 307, 9º andar. A greve é motivada, principalmente, pelo parcelamento dos salário

Artigo, Percival Puggina - Da megalomania à insignificância

Certa feita, no ano de 2004, em um dos tantos debates que já mantive com lideranças do PT, ironizei a continuidade que o governo Lula vinha dando às políticas tucanas que combatera tão intensamente e com tanto sucesso eleitoral. Mostrei, uma a uma, as contradições. O abominável Plano Real estava mantido com inteiro rigor. O superávit fiscal, tão execrado pelo petismo, havia atingido, com Lula, o maior valor dentro da série histórica. Os programas de renda mínima, que Lula acusara de serem uma forma de fazer votos graças à fome de quem vota com a barriga, haviam mudado de nome e recebido mais recursos. E por aí fui, até ser interrompido por meu interlocutor que me disse exatamente o seguinte: "Puggina, não se muda a direção de um transatlântico com guinada brusca" e ilustrou o que dizia com o braço desenhando um longo arco. A mudança de rumos estava em curso e seria gradual.

Ele pertencia à alta hierarquia de seu partido e estava bem informado. O tempo o comprovou. O PT destruiu os fundamentos macroeconômicos então vigentes (responsabilidade fiscal, câmbio flutuante e meta de inflação). Exibiu, pouco a pouco, sua vocação para o totalitarismo. Empenhou-se na armação da luta de classes, forçando o divisionismo dentro da sociedade. Ensaiou várias tentativas de controlar a mídia. Levou o revanchismo até onde pode. Concebeu várias agendas socialistas. Aliou-se aos piores vilões da política nacional e internacional. Não lhe faltaram tentativas de impor absurdos, mediante decretos felizmente rejeitados pela opinião pública e pelo Congresso. Tais foram os casos do PNDH-3, que fazia gato e sapato em nome dos direitos humanos, e do decreto Nº 8.243 (decreto dos sovietes), que pretendia uma desabilitação do poder legislativo. O partido viria, como de fato veio, contaminar e aparelhar o Estado em conformidade com um desígnio totalitário. Tudo para alterar a trajetória do transatlântico.

 Na política, tudo ia bem. Os corruptos prosperavam. Não faltava dinheiro à mídia chapa branca, nem capitanias hereditárias aos partidos e aos políticos da base. O crescimento chinês empurrava a economia para a frente, mais ou menos como as elevações da taxa de juros engordam os lucros dos bancos sem que os banqueiros precisem sair da poltrona. O petróleo a mais de US$ 100 viabilizava qualquer estripulia na Petrobras e o pré-sal era portentosa mina, a ser drenada ainda antes de gotejar. A megalomania, os delírios de poder e de riqueza, os projetos faraônicos, o messianismo característico dos partidos e movimentos totalitários recebiam injeções de adrenalina na veia. No limite das aparências, Lula era um Midas. Além das aparências, uma bomba de efeito retardado.

Só agora, concluída aquela curva descrita pelo meu interlocutor no debate acima referido, veem-se todas as dimensões do estrago. O desvio de rota jogou o país contra os rochedos, de modo desastroso. Lula e Dilma, que sequer se animam a aparecer em público, fazem lembrar o rápido e furtivo desembarque do comandante Francesco Schettino após jogar o Costa Concórdia contra os arrecifes junto à ilha de Giglio.

A direção pretendida quando a grande curva foi desenhada chegou onde inevitavelmente haveria de chegar, porque nunca foi diferente o resultado de tais políticas. E se há muita incerteza, hoje, sobre o futuro do país, se os comandantes se escondem mas não desembarcam, ninguém duvida de que o desvio de rota e a megalomania os condenaram à insignificância.


* Percival Puggina (70), membro da Academia Rio-Grandense de Letras, é arquiteto, empresário e escritor e titular do site www.puggina.org, colunista de Zero Hora e de dezenas de jornais e sites no país, autor de Crônicas contra o totalitarismo; Cuba, a tragédia da utopia e Pombas e Gaviões, integrante do grupo Pensar+.
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