Insegurança pública registra um assassinato a cada duas horas e meia em Canoas

Em Canoas, Grande Porto Alegre, está sendo assassinado um cidadão a cada duas horas e meia. Em 12 horas, foram 5 mortos.

O número é igual ao de julho inteiro.

Banrisul atrapalha-se no marketing e oferece empréstimos para servidores que não receberam salários

A mensagem ao lado, foi enviada hoje pelo Banrisul para todos os servidores estaduais. Trata-se de um negócio e uma ação de marketing vesgos, politicamente incorretos, porque passa toda a percepção de que o banco estatal tenta tirar proveito de um problema criado pelo seu controlador, o governo estadual.

Os agentes parecem tocar algo como criar dificuldade para vender facilidade.

Os empréstimos oferecidos não terão juros pagos pelo Tesouro do Estado, como aconteceu nos governos Rigotto e Yeda Crusius.

Durante alguns meses, os dois governos executaram uma política de pessoal que se caracterizou por empréstimos em vez de pagamentos de salários, mas com juros bancados pelo Tesouro do Estado, comprometendo-se este a cobrir os valores nos vencimentos dos contratos.

Neste caso atual do governo Sartori, caberá ao próprio devedor custear os juros.




Militantes do PT farão vigília, esta noite, por Dirceu, em frente ao Supremo

Militantes do PT fazem uma vigília, na noite desta segunda-feira, em frente ao Supremo Tribunal Federal (STF), em solidariedade ao ex-ministro José Dirceu. Eles querem que o petista seja mantido em prisão domiciliar, em Brasília, e não seja transferido para Curitiba (PR).

— O argumento é que ele atrapalha as investigações, então por que não pede a prisão do Eduardo Cunha (presidente da Câmara)?. Ele sim tem condições de atrapalhar o processo. O Dirceu está em prisão domiciliar, não tem direito de ir e vir, está com os direitos políticos cassados — disse Pedro Henrichs, um dos organizadores do ato, programado para as 20h.


Esse é o mesmo grupo que acampou em frente ao STF e ao Complexo Penitenciário da Papuda enquanto Dirceu e outros petistas estavam presos pelo mensalão.

Advogados confirmam acordo de delação premiada acertado com Renato Duque, o homem do PT na Petrobrás

Os três advogados que defendiam o ex-diretor da Petrobrás, Renato Duque, o homem do PT na estatal, anunciaram esta noite que abandonaram a causa.

Eles informaram que foram contra a adesão do ex-diretor ao instituto da delação premiada, coisa que acabou acontecendo.

Esta confirmação deixou o PT, Lula e o governo Dilma aflitos e atônitos, porque Renato Duque sabe tudo sobre a quadrilha do Petrolão.

E falará o que sabe.

Sartori receberá chefes de Poderes daqui a pouco. Depois, falará para a imprensa.

O governador José Ivo Sartori receberá as 18h os representantes dos Poderes Judiciário e Legislativo, bem como os chefes do Ministério Público, do Tribunal de Contas do Estado e da Defensoria Pública.

O encontro vai tratar da crise fínanceira do setor público gaúcho, o que acabou levando ao parcelamento dos salários dos funcionários do Executivo.

Será permitida uma janela para imagens no início da reunião.

Ao final, o governador atenderá a imprensa. 

Governo gaúcho desmente boatarias da contrainformação

O governo estadual tem monitarado a guerrilha de contrainformações que circulam sobretudo nas redes sociais, implementando notícias que não conferem com o que seu pessoal consegue apurar.

Aí vão dois casos mais recentes:

Arrastões e assaltos - A Brigada Militar informou há pouco que foi conferir de perto as notícias e constatou que tudo é rebate falso de notas em Whats App.

Pagamentos privilegiados - Ninguém recebeu salários integrais no Executivo, sequer auditores da secretaria da Fazenda, governador e secretário de Estado.

O Piratini está aliviado pela situação de ordem pública que existe em todo o Estado, que não confere com as ameaças feitas no final da semana passada.


Assustado com prisão de Dirceu, governo tenta blindar Dilma Roussef a todo custo

O governo e o PT estão assustadíssimos, porque diante da prisão do fundador do Partido, Zé Dirceu, teme que Lula seja preso a qualquer momento, abrindo caminho para o imediato impeachment de Dilma Roussef.

Nesta quinta, Lula e Dilma irão para a TV no horário eleitoral do PT, mas o governo teme que ocorra um panelaço de proporções continentais na ocasião.

Líder do PT, indignado, diz que nova prisão do "herói do povo brasileiro" é perseguição da Justiça, MPF e PF ao PT

O líder do PT na Câmara, deputado Sibá Machado, criticou nesta segunda-feira, 3, a prisão do ex-ministro José Dirceu na 17ª fase da Operação Lava Jato.

Sibá Machado classificou o ato como uma "perseguição declarada ao PT". "O juiz Sérgio Moro trabalha com suposições, vai à imprensa, faz show. E a Polícia Federal acompanhando esse show. Isso está virando uma aberração ao estado de direito", afirmou o líder petista. "Está caminhando para um golpe político da caneta."

Segundo o deputado, o juiz Sérgio Moro trabalha para "institucionalizar um golpe e para prejudicar o PT:

- Existe um olhar diferente para os mesmos fatos. O Dirceu já estava em prisão domiciliar. Não tinha motivo. É uma orquestra para colocar povo na rua. O juiz Moro faz show calculado, pensado, para que isso se desenrole dessa maneira.

HSBC Brasil avisa que migração de clientes para o Bradesco será segura, gradual e lenta

Em aviso que está disponibilizando nos seus sites enas páginas de home banking dos seus correntistas, o HSBC Brasil informa que nenhum dos seus clientes terá que mexer nas suas contas, porque elas migrarão automaticamente para o Bradesco.

A migração será cocluída no segundo trimestre do ano que vem.

O HSBC informou esta tarde que manterá serviços no Brasil, mas apenas para atender seus clientes corporativos que possuem negócios no exterior.

“Bomba caseira” pode acabar com Lula e o PT

A cúpula do PT tem discutido o “risco João Vaccari Neto”, ex-tesoureiro do partido, preso desde abril pela PF na Lava Jato. Vacari tem se queixado de “abandono” e tem citado o exemplo do que aconteceu ao mensaleiro Marcos Valério, condenado a quase 40 anos de prisão por fechar a boca.

Vaccari insinua sempre uma possível delação premiada. O ex-tesoureiro Vaccari sabe que, sem delação, terá pena longa. Ele foi acusado por pelo menos cinco delatores, na Lava Jato.


Líderes do PT contam que a pressão em Vaccari deve aumentar após o acordo de delação que tirou o lobista Mário Góes da prisão.

Dólar liderou ganhos dos investidores em julho. Valorização foi de 10,14%.

O dólar terminou o mês de julho com valorização de 10,14%. Descontada a inflação do IPCA, 0-,58%, o ganho foi de 9,5%.

O euro também valorizou muito, fechando o mês com rendimento acumulado de 8,17% nominal.

Entre as piores opções, o editor situa a Bolsa. O índice Bovespa caiu 4,17%.

Ouro despencou 0,07%.

Os ativos de renda fixa ganharam da inflação, mas com valorizaçoes moderadas. Os melhores foram os fundos DI, com alta de 1,19%.

A poupança superou a inflação em apenas 0,15.

Ao lado, tabela completa, conforme publicação feita hoje pelo jornal Valor.

Dólar opera em alta nesta segunda-feira. Cotação é de R$ 3,46.

O dólar opera em alta e cotação já bate em R$ 3,46.

Juventude do PT reafirma apoio ao "herói do povo brasileira". E acusa: "Há fascismo judicial para destruir o Partido".

A Secretaria Nacional de Juventude do PT afirma em nota ter reagido com "indignação" à nova prisão do ex-ministro da Casa Civil José Dirceu, nesta manhã; 

- Novamente, Dirceu é vítima de uma orquestração que visa destruir o PT, mas, principalmente, as profundas transformações experimentadas pelo nosso país.

O texto é assinado pelo Secretário Nacional de Juventude da legenda, Jefferson Lima. Ele também condenou o que chama de "fascismo judicial e as manipulações golpistas" por trás da prisão do ex-minstro.

A reação da Juventude do PT não acusa a oposição pelas perseguições a Zé Dirceu, porque preferiu atacar diretamente o Poder Judiciário, o Ministério Público e a Polícia Federal, além da legislação em vigor.

Jefferson Luna reafirnmou que Zé Dirceu é um herói do povo brasileiro. 

Arquivamento de caso Anastasia pela PGR pode beneficiar Cunha

Por falta de provas e confirmação dos indícios levantados, pode ser arquivada a denúncia contra o senador Antonio Anastasia (PSDB-MG), que foi acusado por Jayme Alves de Oliveira Filho, conhecido como o Careca, de recebido R$ 1 milhão em 2010.

Careca não foi encontrado para trazer mais detalhes do depoimento e, por isso, o Supremo Tribunal Federal pode paralisar o processo.

Se arquivado, o presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), que também denunciado por Careca, pode se valer desse artifício jurídico para pedir a queda das investigações

Deputado psólico gaúcho recrudesce discurso comunista e propõe calote na dívida com a União

O deputado Pedro Ruas, PSOL do RS, recrudesceu e voltou aos tempos das cavernas comunistas, exigindo que a Assembléia aprove projeto demagógico e populista, que manda Sartori aplicar calote na dívida com a União.

E exigindo auditoria da dívida.

O deputado psólico parece não ter lido o contrato firmado com o governo federal, porque ele prevê bloqueio de repasses federais no caso de inadimplência.

Brasília repassa mensalmente a média de R$ 520 milhões, muito mais do que os R$ 280 milhões mensais da parcela da dívida.

C. Vale assume controle da gaúcha Marasca Comércio de Cereais

Já está sob administração da C. Vale, antiga Coopervale, Palotina, Paraná (foto ao lado), a empresa gaúcha de comercialização de grás, Marasca Comércio de Cereais, Cruz Alta, RS.

A Marasca estava muito endividada e buscou um acordo pelo qual os paranaenses assumiram a adminstração por 10 anos, com opção de compra,.

A C. Vale, faturamento de R$ 4,6 bilhões no ano passado,  fundada por oriundos gaúchos, transformou-se na segunda maior cooperativa de cereais do Brasil, atrás apenas da Coamo, também do Paraná.

O mercado não sabe exatamente qual o tamnho das dívdias da Marasca, mas é possível estimar o nível dos seus problemas pelo valor de negócios que opera anualmente, algo como R$ bilhão.

Policiais gaúchos algemam-se em Santa Maria para protestar contra Sartori

Ao lado, foto de Jean Pimentel, da agência RBS, disponibilizada na Web. - 


A Polícia Civil do RS representa o grupo de servidores públicos estaduais mais ativo nas manifestações desta segunda no Estado e tem radicalizado discurso e asção. Na cidade de Santa Maria, um grupo de policiais fez, na manhã desta segunda-feira, manifestação em frente à Delegacia de Polícia de Pronto-Atendimento (DPPA), na Rua dos A|ndradas. Segundo o site www.zerohora.com.br, os manifestantes chegaram a se algemar para demonstrar a indignação com o parcelamento dos salários. Eles aderiram à mobilização estadual, que leva servidores estaduais às ruas e afeta o atendimento ao público.

Das nove delegacias de polícia da cidade, somente a DPPA está fazendo atendimento, mas apenas em crimes graves, como estupro, homicídio e casos envolvendo crianças, adolescentes e mulher. 

Arrastão na Glória e assaltos na avenida Ipiranga tensionam Porto Alegre

O jornalista Diego Casagrande acaba de retuitar (Twitter) que bandidos armados assaltam neste momento os motoristas que trafegam pela avenida Ipiranga. O caso acontece na esquina com a avenida Cristiano Fisher.

Na esquina das avenidas Carlos Gomes e Plinio Brasil Milano foram vistos bandidos armados assaltando pedestres.

As 11h30min, um vagabundo completamente nu circulava entre carros e crianças que saídam do colégio, sem que houvesse qualquer repressão policial. 

Ele também revelou que esta manhã aconteceram arrastões em Porto Alegre.

Na Glória, arrastão resultou em rapina num supermercado e assaltos a 15 clientes que estavam do lado de fora da loja.




A Brigada Militar nada informou sobre os incidentes, que não parecem casos isolados.

Justiça manda Carris botar os ônibus nas ruas de Porto Alegre. Circulação já voltou à normalidade.

O prefeito José Fortunati acaba de postar no seu Twitter que a Justiça mandou desbloquear imediatamente as garantes da Carris, autorizou o uso da força e impôs multa de R$ 20 mil sobre o Sindicato, caso a ordem seja ignorada.
Os sindicalistas liberaram os portões e os ônibus recomeçasram a circular. 

A greve na estatal foi selvagem.

Uma minoria de 50 ativistas sindicais de esquerda fizeram assembléia e em nome dos mil trabalhadores decidiu que os ônibus não serviriam a população nesta segunda, sob a alegação de que precisavam dar apoio aos funcionários estaduais em greve.

O prefeito reagiu imediatamente, mandou a guarda municipal para o local, protestou contra a falta de atendimento à população e ingressou com ação em juízo.

A atitude do prefeito José Fortunati foi decisiva e corajosa, enfrentando sindicalismo selvagem que há bastante tempo instalou-se na Carris e com frequência impõe atos ilegais de paralisações.

- A frota completa da Carris é de 383 veículos e 29 linhas, atingindo milhares de passageiros de Porto Alegre. 

Jorge Furtado culpa a imprensa pelos problemas do PT e do governo Dilma

O cineasta gaúcho Jorge Furtado, que da mesma forma que seu amigo Luiz Fernando Veríssimo continua segurando a alça do caixão do PT, mas que igual ao escritor não teve coragem, hoje, de defender a nova prisão do ex-ministro Zé Dirceu, resolveu mais uma vez criticar a poltrona, no caso a imprensa, pelas mazelas pelas quais passa o Partido dos Trabalhadores e seus governos.

Em crítica à imprensa, o diretor e roteirista Jorge Furtado afirmou que as "manchetes parecem as mesmas" e que, após a eleição do ex-presidente Lula, os veículos de comunicação brasileiros mudaram drasticamente o seu posicionamento político.

"Eles foram governistas na ditadura, no Sarney, com Tancredo, criaram o Collor, foram totalmente governistas com Fernando Henrique e descobriram Millôr Fernandes e a frase 'imprensa é oposição' quando Lula chegou no governo", disse, em entrevista à TV Carta, da Carta Capital.

Criado numa família da Arena (o pai foi ministro da ditadura militar e a mãe foi deputada) Jorge Furtado nunca parou de fazer mea culpa, migrou fora do eixo para o campo da esquerda e esquece que a imprensa foi totalmente governista durante os 8 anos do governo Lula e durante quase todo o governo Dilma. Apenas alguns nichos da mídia escaparam. 

Segundo ele, a opção por uma pauta unificada acabou por resultar no fato de que os veículos de imprensa "abrissem mão de fazer jornalismo muitas vezes para fazer política diretamente". O resultado disso foi o aparecimento de blogs e sites alternativos, de defesa do governo. "Ficou um negócio meio extremado. A única maneira é se informar em vários veículos, não tem jeito", avaliou.
Em sua crítica, Furtado destaca que esta partidarização acabou por fazer com que a mesma informação seja checada várias vezes pelo leitor, de maneira a se obter uma informação confiável.

"É impossível acreditar se não checar duas três vezes, em três, quatro fontes diferentes". Como exemplo desta necessidade e da falta de uma informação consistente, ele fala da falta de consistência de quem busca informação apenas por manchetes e que acabam falando de "impeachment e roubalheira" como se fossem fatos reais.

- Furtado foi diretor e roteirista dos programas eleitorais do Partido dos Trabalhadores nas campanhas para a prefeitura de Porto Alegre (Tarso Genro, 1992; Raul Pont, 1996; Tarso Genro, 2000) e para o governo do estado (Olívio Dutra, 1994 e 1998).

Focus eleva novamente previsão para a inflação em 2015

Pela 16ª rodada consecutiva, a perspectiva para a inflação de 2015 foi revisada para pior. A estimativa para o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) deste ano avançou de 9,23% da semana anterior para 9,25% agora.


Há um mês, essa projeção estava em 9,04%. No Relatório Trimestral de Inflação de junho, o Banco Central havia apresentado estimativa de 9% no cenário de referência e de 9,1% usando os parâmetros de mercado.

A mediana das projeções para o IPCA de 2016, no entanto, ficou estancada nesta segunda-feira, no Relatório de Mercado Focus, divulgado há pouco pelo BC. O ponto central da pesquisa permaneceu em 5,40%. Há um mês, estava em 5,45%.

Começa a cair o castelo de cartas da esgotosfera. Milton Pascowitch desvendou relação espúria com blogs e jornalistas chapas brancas. Leonardo Attuch, Brasil247, foi denunciado por Milton Pascowitch.

O lobista Milton Pascowitch (denúncia ao lado), cuja delação premiada está no vórtice da prisão, hoje, de Zé Dirceu, delatou também vários jornalistas que levavam dinheiro do ex-ministro e também do Petrolão.

No depoimento à Polícia Federal, Milton explicou a respeito do jornalista Leonardo Attch, site Brasil247:

- Ficou claro que não haveria qualquer prestação de serviço mas que era uma operação para dar legalidade ao 'apoio' que o PT dava ao blog mantido por Leonardo". O valor foi "abatido" da propina que estava à disposição de Vaccari.

Não é caso isolado.

Boa parte da blogsfera, chamada de esgotosfera, levava dinheiro sujo do Petrolão e leva dinheiro grosso do governo federal e suas estatais, tudo para defender o governo e o PT. 

Globonews diz que sites, blogs e revistas amigos de Zé Dirceu estão sob investigação da PF e do MPF. Brasil247 já teria sido identificado na lista.

Desde que terminou a coletiva concedida por delegados federais e procuradores federais em Curitiba, agora há pouco, 11h, em Curitiba, os repórteres procuram saber quem são os jornalistas e quem são os sites que estão sob investigação no âmbito da Lava Jato, implicados diretamente no caso da prisão do ex-minsitro José Dirceu.

O delegado Márcio Adriano Anselmo, que participa da Operação Pixuleco Oficial ("Pixuleco", era como Vaccari tratava as propinas que recebia das empreiteiras) avisou que a PF não tinha prendido nenhum jornalista.

Agora há pouco, a Globonews informou que um dos sites identificados pela PF e pelo MPF é o Brasil247, mas avisou que outros sites, revistas e blogs que costumam abrir espaço para Zé Dirceu estão na mira da investigação em Brasília, Rio, São Paulo, Curitiba e Porto Alegre.

Entenda por que razão a mídia e os jornalistas cobrem de modo tão completo o escândalo do Petrolão

O editor recebeu há pouco o texto completo das análises diárias do ex-prefeito do Rio, Cesar Maia, que vai na íntegra a seguir.

Leia agora e entenda:
    
1. A operação Lava-Jato, em suas diversas partes, tem uma característica muito importante. As informações colhidas foram diretamente pelo Estado, ou seja, pela Polícia Federal, pelo Ministério Público e pelo Poder Judiciário. O jornalismo investigativo não está na fonte de nenhuma dessas informações.
     
2. Isso constrói uma relação pacífica e estável entre os meios de comunicação e os jornalistas investigativos. Esses disputam quem chega primeiro às informações colhidas por aqueles três sistemas. Assim, a imprensa suita os três sistemas, muito mais que investiga.
     
3. A relação entre as empresas de comunicação e seus jornalistas se torna estável e pacífica. Olhando a história do jornalismo, se verifica os constrangimentos que ocorrem quando um jornalista investigativo chega às informações que, divulgadas, contrariam ou criam constrangimentos comerciais ou mesmo políticos a seus empregadores.  
     
4. Sendo assim, o campo de liberdade do noticiário -no Lava-Jato- é muito maior, pois as empresas de comunicação não precisam explicar nada, pois estão cobrindo e não descobrindo. Seus jornalistas atuam -e da mesma forma- com um amplo grau de liberdade, pois as informações secundárias que colherem não criarão constrangimentos às empresas de comunicação empregadoras.
     
5. Será apenas a lógica da concorrência por “audiência”: chegar na frente de uma notícia que estará disponível em breve e de forma geral. As fontes estão fora das empresas de comunicação e seus jornalistas. E, portanto, outras empresas ou empresários com que tenham relações próximas não têm o que pedir e a quem pedir.  
     
6. Um caso clássico de constrangimento é o que envolveu o jornalista Edward R. Murrow (o mais importante radialista na segunda guerra), que encerrava seus programas na TV -de enorme prestígio- e com base investigativa, sempre repetindo Boa Noite, Boa Sorte (ver filme dirigido por George Clooney). Os interesses da CBS e a tentativa de intervenção em seus textos foi vista por Murrow como quebra de liberdade de imprensa e esse preferiu demitir-se em 1954.
    
7. Agora recentemente (março de 2015), no México, o mesmo ocorreu com a jornalista e radialista Carmen Aristegui, com o programa de maior audiência, de investigações e denúncias. Sua equipe ao chegar aos "porões" do "palácio" onde morava o presidente Peña Nieto -que ela chamou de Casa Branca- e demonstrar que se tratava de favores de uma empresa contratista desde que ele foi governador do estado do México, levou o importante grupo de comunicação MVS a divulgar uma proibição da relação dela, de seu programa, com México-Leaks (de linha investigativa), criando um constrangimento que levou a sua saída (Ler El Despido de Wilbert Torre, Editorial Planeta Mexicana 2015).
    

8. A operação Lava-Jato não cria esses atritos entre as empresas de comunicação e seus jornalistas investigativos e analistas pelas razões acima. Por isso, a liberdade de ação dos jornalistas é ampla e a cobertura de muito maior alcance, profundidade e..., liberdade.

PSDC rejeita convite de Dilma para jantar dos Partidos da base aliada no Alvorada

A presidente Dilma Roussef convidou 10 Partidos da base aliada para participar do jantar que realizará esta noite no Palácio Alvorada, destinado a melhorar suas relações com os líderes, sobretudo os que está no Congresso, mas pelo menos um deles, o PSDC, tirou nota para rejeitar o convite.

O clima político dentro do PT e do governo Dilma pirou dramaticamente esta manhã, depois da prisão do fundador do Partido dos Trabalhadores, Zé Dirceu, envolvido na corrupção do Petrolão. Espera-se a prisão de Lula.

Leia a nota do PSDC, recebida há pouco pelo editor:

Carta para Presidente Dilma

Senhora Presidenta,

O PSDC – Partido Social Democrata Cristão, vem pelo presente agradecer o convite para participar de jantar a ser realizado no Palácio da Alvorada, em Brasilia – DF, no próximo dia 03 de agosto, reunindo líderes e Presidentes dos Partidos considerados integrantes da Base Aliada do Governo.

Respeitosamente, entretanto, declina do convite, uma vez que, conforme já informado oficialmente à Secretaria de Relações Institucionais, em 05 de março de 2015, a posição do PSDC perante o Governo Federal é de Independência Construtiva.

Reafirma, de outro lado, conforme declarado em seu programa político partidário de 21/07/15, em rede nacional de rádio e televisão, sua confiança, a exemplo do que ocorreu na história das grandes nações, que das dificuldades do hoje, nascerá a força para a construção de um novo tempo: a construção do Brasil que Queremos e Podemos!

Ao final, a Democracia Cristã, neste 2015, alcançando 70 anos de Brasil, sustenta sua determinação de contribuir com ideias e propostas, para superação dos desafios do presente e a reconquista do futuro, construindo, como propôs, defendeu e aprovou na Assembleia Nacional Constituinte, uma Sociedade Livre, Justa e Solidária, inscrita no inciso I do artigo 3º da Constituição Federal.

 Deputado Federal Constituinte

JOSÉ MARIA EYMAEL

Procurador Federal diz em coletiva que organização criminosa do Petrolão começou no governo Lula

Terminou há pouco (10h58min) a entrevista coletiva concedida por delegados e procuradores do MPF. Os que mais falaram foram o delegado Márcio Adriano Anselmo e o procurador Carlos Fernando dos Santos.

O procurador disse aos jornalistas que a organização criminosa formatada como quadrilha e agindo de modo sistemático e organizado começou no primeiro governo Lula.

O delegado e o procurador informaram que José Dirceu recebia propinas mesmo estando preso. Parte do dinheiro ia para o PT.

As propinas eram cobradas mensalmente e destinavam-se a facilitar contratos entre empreiteiras e as estatais Petrobrás e Eletrobrás.

Delegado da PF diz que ainda não há mandato de prisão contra jornalistas envolvidos no Petrolão

Há ainda um mandato de prisão a ser cumprido pela Polícia Federal, mas não há informação ate´agora sobre quem seja.

Em Curitiba, na coletiva de procuradores do MPF e da PF, um repórter do G1 quis saber se a prisão astingiria um jornalista de um site de notícias, mas o delegado que respondeu a pergunta avisou:

- Não se trata de um jornalista.... ainda.

Delegados da Polícia Federal explicam, neste momento, no Canal 40 da Sky, razões da prisão do fundador do PT, o ex-ministro Zé Dirceu

O MPF explicou ainda há pouco que além das prisões, cada um dos investigados teve bens e valores bloqueados no valor de R$ 20 milhões. -

O canal 40, Globonews, Sky, apresenta neste momento entrevista coletiva de delegados da Polícia Federal do Paraná.

Procuradores do MPF também estão na entrevista.

A PF explica como e por quê prendeu o fundador e ex-presidente nacional do PT, Zé Dirceu, mais seu irmão e assessores, todos implicados no esquema de corrupção do Petrolão.

Bob Marques, cúmplice de Zé Dirceu no Mensalão, é agora preso no âmbito do Petrolão

Bob Marques, cúmplice do fundador do PT no Mensalão, também foi preso hoje pela Polícia Federal.

Ele é cúmplice do fundador do PT no Petrolão.

Fogaça diz que não há razões para o impeachment de Dilma

O ex-prefeito e atual deputado Federal do PMDB, José Fogaça, avisou hoje em entrevista de página dupla no Jornal do Comércio que não existem razões para o impeachment de Dilma.

A entrvista é de Guilherme Kolling. Vai na íntegra, a seguir:

''É muito difícil; Sartori só está adotando essa linha porque as opções são zero'', diz Fogaça
Crítico ao PT, o deputado federal José Fogaça (PMDB) avalia que não há motivos para o impeachment da presidente Dilma Rousseff (PT), como defende parte da oposição. "Há um setor do País que está descontente com a eleição, mas não há uma razão dada para impeachment", aponta.
Seis meses após seu retorno ao Congresso Nacional, Fogaça mostra descontentamento com a falta de um debate sobre temas importantes para o País neste momento de crise e observa, por exemplo, que a Câmara dos Deputados teve a chance de votar uma reforma política que alterasse o sistema eleitoral atual, o que não aconteceu.
Nesta entrevista ao Jornal do Comércio, Fogaça ainda comenta a difícil situação do governo José Ivo Sartori (PMDB), que parcelou a folha de pagamento do Estado.

Jornal do Comércio - Qual é a sua percepção do Congresso nessa sua volta como deputado?
José Fogaça - O Senado é diferente da Câmara... Quando saí, havia terminado o governo Fernando Henrique (Cardoso, PSDB, em 2002), estávamos numa fase de muitas lutas: desde a ditadura, Diretas Já, depois a elaboração da Constituinte, organização das leis complementares à Constituição e, por fim, a guerra contra a inflação, com o Plano Real. Esses últimos 12 anos foram bem mais favoráveis, não havia mais dívida externa brutal, inflação, crises internacionais que levavam a ataques especulativos violentos. Foram situações brutais, que Lula (PT) nunca enfrentou. Nesses 12 anos, o governo do PT teve uma situação muito mais favorável, preço das commodities elevado, o real se tornou uma moeda forte e estável, com a possibilidade de pensar um pouco mais alto nas políticas sociais. É uma época completamente diferente, que agora resulta em uma outra crise, com outras características. E é - múltipla política, econômica, orçamentária...

JC - Quando o senhor identifica o início desta crise?
Fogaça - Com o novo governo, na reeleição, surge a visibilidade desses fatores na economia, além de outros aspectos relativos à política, como a questão da Petrobras, as relações PMDB-PT no Congresso, fatores que surgiram agora, distintos de épocas anteriores.

JC - A oposição está pautando o debate do impeachment da presidente Dilma, fala-se nas contas no Tribunal de Contas da União (TCU), na Operação Lava Jato. Qual é a sua avaliação?
Fogaça - O que está acontecendo neste momento é o seguinte: há um setor do País que está descontente com a eleição da presidente, as iniciativas do campo econômico, a contradição entre o discurso da eleição e as iniciativas após a posse - aliás, o ministro da Fazenda, Joaquim Levy, foi nomeado antes da posse. Então, descontentes com isso, procuram alguma coisa que possa justificar um impeachment. Discordo de tudo o que a presidente fez, inclusive não votei nela. Nosso projeto político tinha outra definição: apoiamos Eduardo Campos (PSB, para a presidência), depois Marina Silva (PSB) e depois apoiamos Aécio Neves (PSDB, no segundo turno). Foi a linha adotada pelo projeto que elegeu Sartori. Então, trata-se de ter uma noção institucional, de que não há uma razão dada para impeachment. Muita gente vai atrás, procura, enfim...

JC - O senhor quer dizer que há uma inversão: ao invés de, a partir de um fato, discutir o impeachment, busca-se um fato para justificar o impeachment?
Fogaça - Exatamente. Uma coisa é fazer oposição, manifestações de rua contra as políticas da presidente. Outra coisa é querer tirar a presidente por causa disso. E não estou perdoando o PT, porque o PT também fez isso com o "Fora FHC". Queriam que o Fernando Henrique fosse processado, submetido a impeachment ou que ele renunciasse, enfim, se tenta fazer isso com a presidente (Dilma).

JC - Do ponto de vista democrático, institucional, não estaria correto?
Fogaça - Não, ainda não cabe isso. Se couber, será por um processo político, que vai resultar de quase um consenso da sociedade brasileira, que aconteceu no período do (ex-presidente Fernando) Collor (PTB). Fui senador, votei pelo impeachment, sou dos poucos daquela época que ainda estão no Congresso. Mas aquela era uma situação, a de hoje é outra, tem características diferentes. Não há esse consenso nacional, essa maioria pela saída da presidente.

JC - O PMDB é o maior partido aliado do governo, tem o vice-presidente Michel Temer. Qual é o papel do PMDB na estabilidade do País e do governo?
Fogaça - Para mim é difícil, por causa da nossa posição (contrária ao apoio ao PT na eleição), o que fazemos é respeitar essa postura do PMDB que apoia o governo. A linha que temos adotado, os deputados do PMDB que têm uma certa independência, é pensar sobretudo no interesse nacional.

JC - E um eventual rompimento do PMDB com o governo no momento atual?
Fogaça - Não que eu não o queira, até gostaria que o PMDB tivesse rompido. O momento atual é que fica muito complicado. Seria muito negativo para o PMDB romper agora. Seria até uma situação de deslealdade. Já que errou em apoiar o governo, agora não é o momento de consertar.

JC - O senhor vê alguma diferença no discurso de candidatura própria do PMDB à presidência da República para 2018?
Fogaça - Há outro discurso, desejo por parte de deputados, governadores, espero que esse discurso seja consistente. Vejo que há uma parcela que olha com bastante interesse para o prefeito do Rio de Janeiro, Eduardo Paes (PMDB).

JC - No Congresso, esse contexto de crise política desde o início da nova legislatura desvia o foco de grandes questões, como a reforma política?
Fogaça - Não desvia nem explica o fracasso dessa tentativa. Poderíamos fazer isso (reforma política) até em razão da própria crise, que demonstrou, por exemplo, a necessidade de uma profunda, séria e meticulosa reforma política. Não foi o que aconteceu.

JC - O senhor defendia o fim de financiamento privado de campanha...
Fogaça - Defendia excluir as empresas privadas do mundo político, não tem que ter relação com as empresas. Não foi o que aconteceu. A reforma política foi mal sucedida. Muita coisa foi aprovada (na Câmara), mas é superficial e secundário. O essencial seria um sistema eleitoral que reduzisse custos de campanha, mas ficou o mesmo sistema, com fatores que levam cada um (candidato) a correr mais do que o outro em busca de recursos financeiros. Isso continua e deveria ter sido anulado na origem, ou seja, campanhas que fossem necessariamente de baixo custo. Há vários sistemas eleitorais que poderiam ser adotados, desde o voto distrital absoluto, como o da Inglaterra, que acabaria com a necessidade de grandes financiamentos. Outro exemplo é o voto por lista (fechada dos partidos), não há necessidade de um candidato fazer campanha individualmente.

JC - O senhor defendia lista fechada?
Fogaça - É uma das alternativas. No debate que integrei na Comissão Especial da Reforma Política, na Câmara, se chegou à conclusão que o ideal seria o voto misto, pelo qual teria o voto em lista, (para eleger) metade dos deputados, e a outra metade pelo sistema atual. Isso seria um avanço extraordinário, mas não foi acatado.

JC - O plenário não levou muito em consideração o trabalho da comissão.
Fogaça - O plenário não levou nada em consideração. Nada, zero. Porque o presidente (da Câmara, Eduardo Cunha, PMDB-RJ) nomeou de última hora um relator, o deputado Rodrigo Maia (DEM-RJ), e anulou totalmente o trabalho da comissão. O que veio para o plenário foi um relatório novo e desvinculado da comissão, produzido pelo deputado nomeado em última hora pelo presidente Eduardo Cunha.

JC - Podem ocorrer mudanças positivas nessa legislatura?
Fogaça - A matéria já foi aprovada, a reforma do presidente da Câmara e dos que se afinam com as ideias dele foi alcançada. Mas não é a reforma que a comissão da reforma política queria. Quais eram os objetivos? Atender ao clamor popular. A população reclama dessas deformações que existem no sistema eleitoral e que muito têm a ver com a presença das empresas, de financiamentos. O modelo apresentado pela comissão, de voto distrital misto, tinha bom senso para fazer um grande avanço, mudar o sistema eleitoral e, ao mesmo tempo, manter elementos importantes (do atual).

JC - Uma análise repetida neste ano foi de que o Legislativo retomou o seu protagonismo e deixou de ficar a reboque do Executivo. O senhor concorda?
Fogaça - Em parte. Ganhamos independência, ou seja, o Executivo deixou de pautar o Congresso. Mas quem pauta o Congresso hoje é a presidência da Câmara, e isso não significa que o Congresso esteja pautando o Congresso. Reconheço que há um trabalho intenso. A questão é o conteúdo...

JC - A qualidade das votações em plenário?
Fogaça - E o que leva a essa decisão de pauta. Temos um colégio de líderes com 28 partidos. Alguns têm dois ou três deputados. Naquele colégio de 28 partidos, vigora um sistema que não conheço, mas quem dá as cartas é o presidente (da Câmara). Não sei se a pauta que estamos seguindo é a melhor, das necessidades cruciais do País. Esse debate não existe no Congresso, a pauta está sendo feita previamente. O que se tem é o seguinte: o colégio de líderes define uma pauta e depois a gente vota contra ou a favor.

JC - E nesse contexto de crise, não seria o caso de buscar uma pauta comum para evitar que o País fique paralisado?
Fogaça - Isso deveria ter uma influência, mas não tem. Tanto que a reforma política foi votada sem levar minimamente em consideração tudo isso.

JC - Casos de corrupção e o sistema político-eleitoral...
Fogaça - Parece que não há relação...

JC - E mudanças no pacto federativo? 
Se vê a situação do Estado, agora as dificuldades para pagar a folha do funcionalismo. É possível haver melhora nessa partilha de recursos?
Fogaça - Temos que buscar uma mudança do pacto federativo, mas o Rio Grande do Sul está nessa situação não só por causa da distribuição de recursos. Outros estados vivem uma situação difícil, todos estão em crise, o País também, mas a crise do Rio Grande do Sul é única. Em boa parte, a culpa também é nossa, distribuída ao longo de muitos governos.

JC - Ao que o senhor atribui essa parte da culpa?
Fogaça - À dificuldade de tomar medidas duras, ao fato de nenhum governador querer tomar medidas impopulares. Sartori está enfrentando essas questões de frente e estamos vendo a reação. Enfim, é muito difícil. Nenhum governador quer enfrentar essa situação, só se não tiver outra alternativa. Todos evitaram isso. E Sartori só está adotando a linha que está adotando porque as opções que ele tem são zero.

JC - Recursos da União estão descartados?
Fogaça - Se a União está tentando reduzir gastos e, ao mesmo tempo, tendo suas dificuldades gritantes, pensar que vai socorrer o Rio Grande do Sul é uma hipótese muito pouco provável.

JC - Seria ingenuidade esperar esses recursos?
Fogaça - Não. Cabe ao governador, e é o que ele está fazendo, tentar todos os meios e caminhos que estejam a seu alcance.

JC - Mas tem que tomar medidas aqui...
Fogaça - Sou solidário com ele em qualquer coisa que fizer. Sei da boa intenção, boa-fé e seriedade do Sartori. O fato é que a crise é gigantesca e está sendo enfrentada de maneira transparente pelo governo. Diante de uma situação tão negativa, vejo um governador franco, honesto e positivo.

JC - E existe apoio político para o governo aprovar medidas duras na Assembleia?
Fogaça - Em tese, sim, do ponto de vista matemático e político, na soma das bancadas... Mas tudo isso vai depender dos debates e de que alternativas à crise o governo vai apresentar no futuro. O governo tem duas saídas: aumentar impostos, arrecadação ou cortar gastos. O governo está lidando com a crise das finanças do Estado, que merece um enfrentamento muito duro.

JC - O governo projeta um plebiscito para privatizações. É uma saída?
Fogaça - É um dos caminhos e pode ser um dos complementos. A privatização faz parte daquela redução de custos. A privatização sozinha não resolverá. Ela é parte, um elemento, que ajudará a criar bases permanentes de redução de custos.

Perfil
José Alberto Fogaça de Medeiros, 68 anos, é natural de Porto Alegre. Formado em Direito e Letras pela Pucrs, iniciou sua vida política no movimento estudantil. Foi professor, compositor, comunicador e cronista. Lutou contra a ditadura militar e ingressou na vida pública em 1978 pelo então Movimento Democrático Brasileiro (MDB), elegendo-se deputado estadual. Quatro anos depois, chegou à Câmara dos Deputados e, em 1985, atuou na campanha pelas Diretas Já. Em 1986, elegeu-se senador pelo PMDB, permanecendo na Casa por dois mandatos (1987-2002). Foi um dos responsáveis pelo texto final da atual Constituição Federal e relator do Plano Real. Em 2001, migrou para o PPS e, três anos depois, interrompeu a trajetória de 16 anos de gestão petista em Porto Alegre, ao vencer a eleição para a prefeitura. Em 2007, Fogaça retornou ao PMDB, pelo qual foi reeleito prefeito da Capital no ano seguinte. Renunciou ao comando do Paço Municipal em 2010 para concorrer ao governo do Estado. Perdeu a disputa. Em 2014, elegeu-se suplente de deputado federal e assumiu o mandato em fevereiro deste ano.


Brigada já garante policiamento ostensivo normal em Porto Alegre

9h22min

O policiamento ostensivo efetuado pela Brigada Militar já é maior em Porto Alegre e no interior gaúcho do que em dias quando não ocorria greve anunciada.

O Comando da Brigada está com o controle da situação e deslocou todo seu pessoal para policiamento de rua.

A percepção de brigadianos nas ruas é até maior do que a de dias normais.

Existem protestos isolados, como o que bloqueou as portas do 9o Batalhão, zona central da Capital.

MPF, PF e juiz Sérgio Moro recrudescem no Petrolão (Lava Jato)

E Lula ?

Governo diz que 70% dos brigadianos estão nas ruas

O governo estadual confirmou que a Brigada Militar está nas ruas. Há número menor de efetivos, mas sobretudo no interior, 70% dos brigadianos fazem policiamento ostensivo.

Na Polícia Civil o cenário é diferente e a paralisação é muito forte.

Esta manhã, até um helicóptero da Brigada ajudou o policiamento ostensivo em Porto Alegre.

Irmão de Zé Dirceu também é preso pela Lava Jato

A foto é do jornal O Globo, desta manhã. Acusado por novas práticas de corrupção, desta vez no Petrolão, o ex-ministro de Lula, fundador e ex-presidente do PT, acaba de ser preso. =- 



O irmão de Zé Dirceu, Luiz Eduardo de Oliveira e Silva, foi também preso nesta segunda-feira, tudo no âmbito do Lava Jato.

A transferência do fundador do PT para Curitiba depende de decisão do ministro Teori Zavascki, STF.

Zé Dirceu foi para a sede da Polícia Federal em Brasília.

A questão da transferência só será tomada depois do meio dia.

As 10h, os procuradores do MPF darão entrevista coletiva em Curitiba para explicar as razões das prisões dos irmãos.

Análise - As pedaladas fiscais no RS desde 1958. Sem dinheiro, Brizola pagava salários com moeda falsa, a Brizoleta.

O editor republica o material jornalístico a seguir, intitulado "Brizoletas", publicado na edição do dia 9 de agosto de 2012 na seção que o jornal zero Hora chama de Almanaque Gaúcho.

A história resgatada pelo jornal conta que quando o engenheiro Leonel Brizola foi eleito governador do Rio Grande do Sul nas eleições de 1958, também não pagou o funcionalismo, mantendo esta situação durante muitos meses. Brizola chegou ao ponto de emitir uma espécie de moeda própria, a Brizoleta, com a qual pagava os funcionários.

Leia tudo:

Brizolas tinha apenas 36 anos quando se elegeu governador. No governo do Estado, a ousadia de algumas das suas atitudes foi, muitas vezes, atribuída a arroubos de um jovem político.
Seu comportamento audacioso ficou mais evidente e conhecido quando encampou empresas norte-americanas e quando, resistindo ao golpe militar – após a renúncia do Presidente Jânio Quadros, em 1961 –, liderou a Campanha da Legalidade, garantindo a posse do vice João Goulart.
Um desses atrevimentos, pouco lembrado, foi cometido pelo jovem engenheiro nos primeiros meses de governo, em julho de 1959, quando ele, respaldado pela Assembleia Legislativa, emitiu letras do Tesouro do Estado que ficaram conhecidas como as “brizoletas”.
Sem dinheiro no caixa sequer para pagar os funcionários públicos, quem diria para levar adiante algum projeto novo, como o plano da escolarização (Nenhuma Criança Sem Escola, no Rio Grande do Sul), Brizola fez como fizeram alguns países, inclusive o Brasil em 1942, em tempos de guerra: lançou as letras ou Brizoletas. Elas eram o equivalente a bônus de guerra. A população passou a usar brizoletas como usava as cédulas de cruzeiros: para pagar as compras, abastecer o carro e tudo o mais. Hoje, são raridade e procuradas por colecionadores de cédulas.
Essa que ilustra este post foi ganha por João Curio de Carvalho, como parte do pagamento do seu salário de ferroviário. João é pai do chargista Marco Aurélio e foi presidente do Nacional Atlético Clube, um clube de futebol porto-alegrense extinto em 1958 e fundado por funcionários da Viação Férrea.

OS PASSOS DO ENDIVIDAMENTO
1. A PRÉ-HISTÓRIA DA DÍVIDA
Na Porto Alegre, velhas apólices expostas em molduras de vidro lembram peças de museu. São o que se poderia chamar de "pré-história" da dívida.

— Até a década de 90, ainda vinha gente aqui tentando resgatar esses títulos. Muitos eram encontrados enterrados ou guardados embaixo de colchões, só que já não valiam mais nada — conta o subsecretário-adjunto do Tesouro, Eugênio Carlos dos Santos Ribeiro.

Algumas relíquias datam do fim do século 19 e se referem ao Estado como "Província de São Pedro". Trazem valores em réis. A maioria é de meados do século 20, quando foram lançados dois grandes planos de obras no Rio Grande do Sul.

2. O ENDIVIDAMENTO PRECOCE
O primeiro plano foi executado no governo de Ernesto Dornelles (1951-55) e o segundo, na gestão de Leonel Brizola (1959-1963). Ambos tinham o foco em estradas, e Brizola ainda criou as "brizoletas" — títulos de pequeno valor que acabaram virando moeda paralela — para viabilizar a construção de escolas.

— Nesse período, a nossa dívida já era um pouco maior se comparada a outros Estados. O governo gaúcho acabou assumindo obras que, nas demais regiões, foram feitas pela União — diz o economista Bolivar Tarragó Moura Neto.

Os valores, no entanto, ainda eram compatíveis com a receita. Até 1964, as operações de crédito não eram corrigidas e pesavam pouco sobre as finanças estaduais. O dinheiro arrecadado com impostos superava o valor da dívida pública.

3. O GERME DO DESCONTROLE
A situação saiu do controle a partir da década de 1970, na ditadura militar. Na onda do chamado "milagre econômico", as restrições ao endividamento foram afrouxadas, e a União estimulou os Estados a buscarem empréstimos externos. A bola de neve começou a se formar.

Sob o comando do governador Euclides Triches, da Arena (partido de sustentação do regime), o Estado entrou no mercado de capitais para ampliar as opções de crédito. A meta era dar à administração a eficiência de uma empresa. É dessa época, por exemplo, o projeto de construção do Centro Administrativo, na Capital, um símbolo dessa nova fase.

Com o aval do então ministro da Fazenda, Delfim Netto, Triches sancionou uma lei para poder emitir títulos com correção monetária _ conhecidos como Letras do Tesouro (LTEs) e Obrigações Reajustáveis (ORTES). A primeira emissão, segundo o especialista em finanças públicas Darcy Francisco Carvalho dos Santos, ocorreu em dezembro de 1972.

4. A PANACEIA DOS TÍTULOS
Considerados atrativos pelos investidores privados, esses papéis tiveram rápida aceitação no mercado. O governo conseguiu forrar o caixa e, com isso, viabilizar seu projeto desenvolvimentista. Foram construídos mais de 6 mil quilômetros de estradas.

— Era o período do milagre brasileiro. Havia um clima de euforia, e nós não podíamos deixar o cavalo passar encilhado. Foi muito bom para o Estado. O problema é que o processo foi se deteriorando, e não tínhamos como prever isso. Com o tempo, os títulos viraram panaceia, e a coisa desandou — conclui o ex-secretário da Fazenda e ex-professor de economia da UFRGS, José Hipólito Machado de Campos, 79 anos.

Os reflexos das duas crises do petróleo, em 1973 e 79, contribuíram para o descalabro. Quando Synval Guazelli (Arena) ocupou o lugar de Triches, os juros estavam nas alturas, as receitas próprias despencavam e as despesas cresciam. Segundo Moura Neto, a dívida externa do Estado chegou a crescer 1.736%. 

5. DÍVIDAS PARA PAGAR DÍVIDAS
A década seguinte, marcada pela hiperinflação, foi de explosão do Os títulos lançados nos anos de 1970 começaram a expirar, e o Estado já não podia resgatá-los. Mal tinha recursos para pagar a folha, cada vez mais onerosa. A solução foi rolar a dívida, isto é, adiar o pagamento, o que desencadeou um ciclo vicioso perverso, que perduraria por 20 anos. Para substituir os papéis vencidos, novos títulos passaram a ser emitidos, sempre com juros mais altos.
— Eram dívidas para pagar dívidas. Foi aí que tudo começou — sintetiza Darcy Santos.
Houve ainda um agravante. Com o avanço da redemocratização, o governo militar decidiu, segundo Moura Neto, abrandar o controle sobre as despesas e o endividamento dos Estados. Em 1982, quando o país vivia as primeiras eleições para governador desde 1964, a União liberou um volume enorme de papéis. O chefe do Executivo gaúcho, Amaral de Souza (Arena), foi um dos beneficiados.

6. O DESAFIO DE PAGAR A FOLHA
A disputa eleitoral resultou na vitória de Jair Soares, do PDS (um desdobramento da Arena), que começou a montar a equipe no mesmo ano. Em uma tarde calorenta de dezembro de 1982, Jair chamou o economista Ary Burger para conversar. Queria que ele fosse seu secretário da Fazenda. A resposta foi "não":
— O Ary sabia que o Amaral tinha lançado novos títulos, que iriam estourar no meu governo. Ele disse que eu assumiria em março e, em maio, não pagaria o funcionalismo. Foi uma bomba.
E a bomba só não explodiu porque o Estado passou a fazer operações de crédito por antecipação da receita repetidas vezes. Isto é, recorreu ao mercado para adiantar o que ainda estava por arrecadar, pagando juros e correção.
Com isso, Jair conseguiu fazer obras de infraestrutura, abriu concurso público, contratou professores e deu aumento ao funcionalismo. Em 1985, no entanto, o déficit (despesa maior do que a receita) era motivo de preocupação.

7. O PEDIDO DE SOCORRO E A GRAVATA ITALIANA
Sem alternativa, Jair Soares foi a Brasília, em 1985, pedir ajuda ao então presidente José Sarney (PMDB):
— Adotei uma política de austeridade e não fiz novos empréstimos, mas precisava de autorização para rolar a dívida e emitir títulos.
Ao chegar ao gabinete de Sarney, recebeu um elogio inesperado.
— Fui chorar as pitangas, e ele disse: "Que gravata linda!" Era uma peça italiana e fazia parte da minha coleção. Tirei e dei para ele. Lembro disso, porque logo depois o Sarney ordenou a rolagem da dívida. Foi um alívio, mas ainda sinto falta daquela gravata — brinca o ex-governador, hoje com 79 anos.
Em 1986, o Plano Cruzado causaria novo cataclismo nas contas. Em função da conversão de cruzeiros para cruzados, o orçamento caiu pela metade.

8. UM ESTADO À BEIRA DA FALÊNCIA
Prestes a deixar o cargo, Jair Soares fez uma visita a seu sucessor em Brasília. Pedro Simon (PMDB), então ministro da Agricultura, saiu vencedor do pleito de 1986.
— Ouvi o Jair dizer que eu deveria me preparar, porque as coisas andavam muito difíceis no Rio Grande do Sul. Era praticamente uma massa falida — relembra Simon, aos 83 anos.
O senador não gosta de falar daquele período. Ao assumir, suspendeu a folha e anulou atos do predecessor, entre eles a decisão de pagar 2,5 salários aos professores. Foi o primeiro grande choque, segundo o economista Eugenio Lagemann, à crise financeira que se instalara. A decisão desencadeou uma série de paralisações, entre elas a maior greve da história do magistério gaúcho, com 90 dias de duração.
Em outros Estados, o caos da economia também causava estragos, o que levou a União a implementar, em 1987, um programa de ajuda financeira. Parte dos empréstimos bancários foi refinanciada pelo Tesouro Nacional, mas os problemas persistiram.

A DÉCADA EM QUE A DÍVIDA DISPAROU
15202530354045501990199119921993199419951996199719981999Valor da dívida (em bilhões de reais)
Na década de 90, a dívida pública do Estado deu um salto com o fim da inflação e o início do Plano Real, em 1994. Em quatro anos, de 1994 a 1998, o valor mais do que duplicou em função da alta dos juros. A partir de 1998, com o acordo que levou a União a assumir a maior parte dos débitos, a situação se estabilizou. Mesmo assim, o passivo segue impagável.

9. QUILOS A MAIS E TRANQUILIDADE DE MENOS
Quando Alceu Collares (PDT) assumiu o poder, em 1991, a situação havia chegado a tal ponto que os títulos precisavam ser rolados diariamente. Era necessário oferecer prêmios de risco para que os investidores continuassem financiando o rombo. Muitas vezes, o ônus acabava recaindo sobre os bancos públicos.
Todas as noites, o ex-secretário da Fazenda, Orion Cabral, esperava o telefone tocar, ansioso.
— Fechou a posição? — perguntava.
Era o jargão usado para saber se os operadores do Banrisul haviam conseguido renovar os títulos.
— O estresse era tanto que engordei 12 quilos — recorda Cabral, hoje com 78 anos.
Nesse período, o Estado foi proibido de lançar novos papéis, exceto para a rolagem. O Piratini conseguiu negociar com a União o pagamento de contratos de financiamento de longo prazo, mas a dívida em títulos se manteve, e a pressão também.
— O clima era de terrorismo. Queriam que pagássemos nas piores condições. Mas eu sou de Bagé. Não me dobrei — afirma Collares, que chegou a apresentar uma proposta de federalização, sem sucesso.

10. AS CONDIÇÕES PARA O ACORDO
Uma nova possibilidade de negociação começou a se constituir a partir de 1995. Com bom trânsito no governo FH, o então governador Antônio Britto (PMDB) pediu ajuda. Não havia mais como protelar.
As mudanças decorrentes do Plano Real, sustentadas por juros altos, afetaram todos os Estados. O fim da inflação acabou com a elasticidade da receita, e as rolagens continuavam. O Rio Grande do Sul, segundo o ex-secretário da Fazenda, Cézar Busatto, beirava a bancarrota:
— Começamos a ter de vender patrimônio público para pagar as contas. É polêmico dizer isso. Hoje as pessoas descontextualizam e criticam, mas não tínhamos opção.
Em 20 de setembro de 1996, o então ministro da Fazenda, Pedro Malan, foi recebido com festa no Palácio Piratini para a assinatura do protocolo de intenções do acordo — o primeiro do país. A União se tornaria a principal credora do Estado.

11. A RENEGOCIAÇÃO DE 1998
Após a celebração, ainda foram necessários dois anos até fechar o contrato final. Sob pressão, Britto desistiu de privatizar o Banrisul, uma das exigências do governo federal.
— A negociação foi dura. Lembro bem das discussões. Diziam que os gaúchos se achavam diferentes, que queriam privilégios — recorda Nelson Proença, ex-chefe da Casa Civil.
Outros Estados, como São Paulo e Rio, já haviam entregado seus bancos, e o recuo levou à alteração das condições iniciais para pior. Ainda assim, a transação foi comemorada no Piratini, porque o Estado deixaria de ser refém da rolagem, cujos juros chegavam a 25% ao ano.
Pelo acordo, a União assumiu praticamente toda a dívida. O Estado ficou obrigado a pagar R$ 7,9 bilhões em 30 anos, com juros anuais de 6% e correção pelo IGP-DI. Os repasses ficaram limitados a 13% da receita.
— O contrato foi praticamente imposto, mas na época todo mundo achou que era um negócio de pai para filho. Depois é que a coisa mudou — diz o economista João Batista Soligo Soares, do TCE.

12. O REVÉS
O assunto parecia resolvido, mas não estava. Os dois governos que se seguiram enfrentaram O primeiro a pagar a fatura foi o ex-governador Olívio Dutra (PT), que derrotou Antônio Britto (PMDB) numa votação acirrada. O petista entrou na Justiça contra o acordo:
— Vimos ali um desrespeito ao pacto federativo. O governo anterior havia aceitado um garrote.
Com o passar do tempo, o IGP-DI cresceu além do esperado. Só em 2002, a variação foi de 26,4%, fazendo com que a dívida superasse a receita em três vezes.
— Nós assumimos o Piratini e, no terceiro dia, os repasses da União foram bloqueados, porque o Estado estava inadimplente — recorda Paulo Michelucci, ex-secretário da Fazenda de Germano Rigotto (PMDB).
Os anos de 2003 e 2005 registraram duas grandes secas, fazendo a arrecadação desabar. Para receber o 13º, os servidores tiveram de pedir empréstimo no Banrisul.
— Foram anos duríssimos — diz Rigotto.

13. O DÉFICIT ZERO
Em 2006, a economista Yeda Crusius (PSDB) elegeu-se governadora com o compromisso de ajustar as contas. Apostou no chamado "déficit zero".
— Era quase um conceito filosófico, um princípio. Decidimos que a despesa não podia mais ser maior do que a receita e foi o que fizemos — diz Aod Cunha, ex-secretário da Fazenda.
Os gastos foram cortados ao limite. A conjuntura econômica ajudou, e os ganhos cresceram. Após décadas de resultados negativos, o Estado voltou a registrar superávit (receita maior do que a despesa).
Para amenizar os custos da dívida, o governo buscou um empréstimo junto ao Banco Mundial. O dinheiro foi usado para quitar débitos que ficaram de fora do acordo de 1998. Na prática, trocou-se uma dívida cara por outra mais barata.
— Meus colegas diziam que era impossível, mas nós reestruturamos o Estado — afirma Yeda.
Apesar disso, o "déficit zero" foi alvo de duras críticas da oposição. Em 2010,
no último ano da gestão tucana, o Estado voltou a entrar no vermelho. E não

saiu mais.

Governo gaúcho emite comunicado sobre greve do funcionalismo

O editor recebeu e publica na íntegra a nota a seguir emitida pelo Piratini:

Gestão Pública
Comunicado à população gaúcha
· 
   O Governo do Estado do Rio Grande do Sul, desde o início do ano, comunicou de maneira transparente e aberta a situação de gravidade das finanças públicas estaduais.

· O Governo adotou medidas severas de austeridade para manter a governabilidade, procurando causar o menor dano possível aos servidores e aos diferentes setores da sociedade.

· Na última sexta, em medida extrema, o poder público se viu obrigado a parcelar o salário de 48% do funcionalismo público. Respeitamos e compreendemos as dificuldades que isso impõe aos servidores e às suas famílias.

· Diante de tal fato, o Governo do Estado reconhece e respeita a legitimidade das manifestações sindicais que possam ocorrer de maneira democrática e responsável. Ao mesmo tempo, fará todos os esforços para manter a normalidade dos serviços públicos.

· Temos convicção de que, neste momento do Estado, os líderes sindicais saberão adotar uma postura de respeito à população e ao papel constitucional e institucional que possuem. Estamos todos do mesmo lado e precisamos encontrar soluções conjuntas para superar o desequilíbrio financeiro.

· O governador José Ivo Sartori determinou que todas as equipes de governo mantenham permanente diálogo com os servidores e seus representantes, especialmente os secretários da Casa Civil, Márcio Biolchi, da Segurança Pública, Wantuir Jacini, da Educação, Vieira da Cunha, e da Saúde, João Gabbardo.

· Durante esta semana, o Governo do Estado estará em contato permanente com o Governo Federal, poderes, organizações, sindicatos e equipe de governo para ultimar um novo conjunto de projetos de enfrentamento da crise e de mudança estrutural do Estado, que será enviado à Assembleia Legislativa.


· Renovamos à população gaúcha nossa disposição de enfrentar esta situação por meio da solidariedade de toda a sociedade. A crise é estrutural e não será resolvida pelo velho radicalismo político. O enfrentamento real e decisivo depende da união de todos os gaúchos. 

Canoas, sem policiamento, registra dois primeiros assassinatos

Sem policiamento nas ruas, saíram os dois primeiros gaúchos assassinados esta manhã em Canoas, em plena rua central.

Bandidos balearam um homem e uma mulher.

Eles não estavam juntos.

Atrasos salariais só atingem funcionários do Poder Executivo do RS

O atraso e parcelamento de salários atinge exclusivamente funcionários e servidores públicos do Poder Executivo.

Exceções existem, como Banrisul, Badesul e CEEE.

Assembléia, Ministério Público e Tribunal de Contas estão fora do contingenciamento

Polícia Federal prende o preso Zé Dirceu, fundador do PT, envolvido agora no Lava Jato

O advogado do ex-presidente nacional e um dos fundadores do PT, José Dirceu, foi preso esta manhã pela Polícia Federal, segundo informou à jornalista Mônica Bérgamo, Folha de S. Paulo, o advogado Roberto Podval. A detenção ocorreu no âmbito da Operação Lava Jato.

Os policiais discutiram com os advogados se Dirceu se ele podia ou não ser levado a uma detenção já que ele se encontra em prisão domiciliar em Brasília, cumprindo pena por causa do processo do mensalão.

Segundo os advogados, seria necessário que o STF (Supremo Tribunal Federal) autorizasse a remoção.


Embora a situação não seja comum, a corte já autorizou, por exemplo, que uma pessoa que tem direito a prisão domiciliar mas ainda está numa carceragem lá permaneça em caso de nova condenação. 

Greve já paralisa todo o governo estadual do RS

Foto da região central de Porto Alegre, Borges de Medeiros, tomada pelo iPhone do editor ainda há pouco (8h21min). Metade das lojas está fechada. O leitor pode perceber que


A greve geral decretada pelas 40 entidades que representam os funcionários públicos gaúchos começou forte nesta segunda-feira em todo o Estado.

A parte mais visível da greve é a paralisação dos serviços policiais, tanto da Brigada quanto da Polícia Civil.

A greve geral do funcionalismo estadual ocorrerá apenas hoje, mas novas assembléias poderão estender ou agendar paralisações.

Porto Alegre apesenta movimento de carros e pessoas reduzido nas ruas, não apenas por causa da greve, que paralisa setores públicos de segurança, saúde e escolas, mas também porque os grevistas da Brigada aconselham as pessoas a não sair de casa.

Supermercados, lojas e indústrias abriram as portas.

As 10h, o teste será na área bancária, porque por decisão judicial os bancários só entrarão nas agências caso haja asegurança nas ruas.

O governo ainda não disse o que fará em caso de distúrbios ou de prolongamento da greve, sobretudo da área da segurança pública.

HSBC sai do Brasil. Banco foi vendido para o Bradesco por US% 5,2 bilhões.

O HSBC confirmou nesta segunda-feira que vendeu suas operações no Brasil para o Bradesco. Vai faturar US$ 5,2 bilhões.

Quem tem conta no HSBC não deve temer nada, porque seus valores serão prservados, mas a administração passará para o Bradesco, de quem serão correntistas, aplicadores ou investidores.

Carris faz greve ilegal, abusiva e cruel em Porto Alegre. Prefeitura diz que não aceita a paralisação.

A Carris,que detém a maior fatia do transporte coletivo de Porto Alegre e é empresa pública controlada pela prefeitura de Porto Alegre, que não tem nada a ver com os atrasos salariais dos servidores estaduais, parou esta manhã.

A decisão foi tomada numa assembléia da qual participaram apenas 50 dos mil trabalhadores.

É uma greve ilegal, abusiva e cruel.

A direção da Carris avisou que 70% dos trabalhadores querem sair com os ônibus e são impedidos pela força. A estatal resolveu pedir garantias judiciais. A guarda municipal tentará impedir os bloqueios e liberar os ônibus.

Os sindicalistas que controlam com mão de ferro a estatal, avisaram que se trata de solidariedade aos funcionários públicos estaduais em greve.

Zé Diceu foi preso mais uma vez. Desta vez por corrupção no Lava Jato.

O ex-ministro de Lula e ex-presidente nacional do PT,Zé Dirceu, está preso.Desta vez, por acusação de corrupção no Lava Jato.
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