Dilma faz discurso subversivo ao falar para pelêgos sindicais da CUT: "Vamos a uma nova Legalidade"

A presidente Dilma Rousseff afirmou na noite desta terça-feira que a oposição tenta chegar ao poder por meio de "golpe" e busca "construir de forma artificial o impedimento de um governo eleito". Ela apelou para a mobilização dos trabalhadores:
- Faço um apelo a todos vocês. Nenhum trabalhador pode baixar a guarda. É preciso defender a legalidade.
Na prática, Dilma defende uma nova Legalidade, movimento político armado usado por Brizola para defender a posse de Jango em 61. 
Dilma fez as declarações ao discursar na abertura do 12o Congresso da Central Única dos Trabalhadores (CUT), em São Paulo, para uma plateia de sindicalistas e políticos, entre os quais o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, o ex-presidente do Uruguai José Mujica e o presidente nacional do PT, Rui Falcão.
A CUT é aparelho sindical do PT, central sindical chapa branca dominada por pelegos que se aboletaram em cargos públicos e dali não querem sair.
O discurso de Dilma lembra o discurso de Jango na CGT, também sindical aparelhada e de pelegos, poucos dias antes de cair.
Ao contrário de Dilma, Jango foi abatido na esteira de uma guerra ideológica e não por corrupção. E além disto resultou deposto por um golpe e não pelo uso de ferramentas constitucionais, as mesmas usadas pelo PT e seus aliados no impeachment de Collor. 
As situações são bem diferentes, porque Jango foi deposto por um golpe militar, enquanto que a oposição tenta tirar Dilma através do uso de ferramentas constitucionais. 
Logo após falar na necessidade de estabilidade política, o público passou a entoar o coro "Não vai ter golpe". De acordo com a presidente, o que chamou de "terceiro turno" começou no dia seguinte à eleição.
"Nós, sem dúvida nenhuma, vivemos uma crise política séria no nosso país. E que neste exato momento se expressa na tentativa dos opositores ao nosso governo de fazer o terceiro turno. Essa tentativa de fazer um terceiro turno comeou no dia seguinte às eleições", afirmou.
Para Dilma, "o artificialismo dos argumentos [da oposição] é absoluto". Segundo ela, "a vontade de se produzir um golpe contra as leis e as instituições é explícita".
"Não há nenhum pudor porque votam contra o que fizeram quando estavam no poder. Envenenam a população nas redes sociais e na mídia. O pior é que espalham o ódio, espalham a intolerancia", declarou.
Dilma criticou os "moralistas sem moral" e indagou sobre quem teria biografia para atacá-la. "Eu me insurjo contra o golpismo. Quem tem biografia suficiente para atacar a minha honra. Quem?", perguntou. Nesse momento, Lula, Mujica e as demais pessoas da plateia levantaram para aplaudir de pé a presidente.
Ela afirmou que o "golpismo" é "escancarado" porque, segundo disse, não há fato jurídico que justifique o impeachment.
"Querem criar uma onda que leve de qualquer jeito ao encurtamento do meu mandato sem fato juridico [...]. Isto é um golpismo escancarado. Eu tenho que esse processo não é apenas contra mim. É contra o projeto que fez do Brasil um país que superou a miséria, que elevou as classes médias, que construiu um mercado interno", afirmou.
Ao defender a sua permanência no cargo, Dilma disse ser presidente para “tratar das boas lutas civilizatórias, como a  luta de gênero, contra o racismo, contra a intolerância, para implementar o Plano Nacional de Educação”.
Ela também pediu unidade: “É a hora de unir forças, a hora da unidade, a hora de arregaçar as mangas, a hora de combater o pessimismo, a intriga política. Quem quiser dialogar, terá o meu governo como parceiro”.



Juristas apresentarão novo pedido de impeachment na sexta

As inesperadas liminares concedidas por Teori e Rosa Weber no STF, a oposição resolveu não abrir a guarda para novas investidas governistas. - 

Após avaliar o atual cenário político, os líderes da oposição decidiram reunir todos os aditivos relacionados aos pedidos de impeachment da presidente Dilma Rousseff/PT que tramitaram ou tramitam na Câmara e apresentar uma nova peça.

A elaboração do texto ficará a cargo dos juristas Hélio Bicudo – um dos fundadores do PT -, Miguel Reale e da advogada Janaina Paschoal. Os três apresentaram, em setembro, um pedido pelo afastamento da presidente Dilma Rousseff/PT.


O pedido é sustentado pelas chamadas “pedaladas fiscais” - uso de recursos de bancos públicos para a cobertura de programas sociais, gastos do governo sem autorização da Câmara e dívidas não contabilizadas.

Ernesto Corrêa põe à venda a Embratec por R$ 2 bilhões

A foto de Ernesto Corrêa é de 2011. Ele não costuma dar entrevistas e não gosta de ser fotografado. - 


O empresário gaúcho Ernesto Corrêa está negociando a venda da sua empresa Embratec por R$ 2 bilhões.

No ano passado, ele vendeu a GetNet por R$ 1 bilhão.

A Embratec, Empresa Brasileira de Tecnologia e Administração de Convênios, atua no rastreamernto e gerenciamento de frota de veículos leves e pesados. A empresa é também dona de uma operadora de cartão de benefícios, a Good Card, que administra vale-refeição, vale-presente e vale-combustível.

As informações são do Estadão de hoje.

Sodexo e Fleetcor são as candidatas à mão da Embratec.

A Embratec e a GetNet são apenas dois dos negócios de Corrêa. Ele divide seu tempo entre Campo Bom, RS, e o Uruguai, onde tem fazenda e foi dono do frigorífico Pul, que vendeu ano passado para a Minerva. Ele também produz e vende calçados na China. No Brasil, entre outros negócios, controla a rede de hotéis Intercity e o Banco Topázio.

Folha requenta pela enésima vez acusações contra Nardes, mas omite papel da RBS na Zelotes

A Foilha de S. Paulo não larga o osso.

Hoje, pela enésima vez, esquentou a velha notícia falsa de que o ministro Augusto Nardes tem culpa em cartório no caso Zelotes.

O joernal nunca faz o mesmno com a RBS e a Gerdau,m envolvidas de fato no escândalo.

Na reportagem de hoje, conta a mesma história da SGR, fala em valores, mas se esquiva de dizer que o dinbheiro saiu dos cofres da RBS.

, Entrevista, Nouriel Roubini, dr. Apocalipse, Folha - Brasil está à beira do precipício, mas crise pode ser evitada

A foto é de Eduardo Anzelli, da Folha Press.

A entrevista seguir é de Nouriel Roubini. A produção é da jornalista patrícia Campos Mello. 
Nouriel Roubini, o economista que foi um dos poucos a prever a crise financeira de 2008, adverte: "O Brasil está à beira de um precipício". Segundo ele, sem o ajuste fiscal, o país perderá o grau de investimento por outras agências de rating, a exemplo do que aconteceu com a S&P em setembro, os "spreads" (custo de tomar empréstimos) de empresas e do governo vão explodir, o real vai entrar em queda livre e a economia vai encolher ainda mais.

Leia toda a entrevista:

Mas o dr. Apocalipse, como é conhecido o economista por suas previsões sombrias, não está tão pessimista em relação ao futuro do país. "O Brasil não está fadado a ter uma crise, é possível evitá-la", diz. Para isso, no entanto, não há atalhos, é preciso fazer um superavit primário de pelo menos 0,7% em 2016, diz.
Ele estima que o PIB brasileiro vai encolher cerca de 3% neste ano e ficar estagnado ou levemente positivo em 2016, desde que haja ajuste (segundo orelatório Focus, o mercado espera queda do PIB de 2,85% em 2015 e de 1% em 2016). O economista estava em Lima, no Peru, para a reunião do FMI e faz uma visita rápida a São Paulo e Brasília.
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Folha - Em um artigo no diário inglês "Financial Times", em agosto, o senhor afirma que o Brasil deveria ter sido rebaixado pelas agências de risco em 2014. Por que o país enfrenta a crise atual e o senhor espera que outras agências rebaixem o Brasil até o fim do ano?
Nouriel Roubini - É consenso que as políticas macroeconômicas do Brasil nos últimos anos foram equivocadas. Houve afrouxamento fiscal excessivo. Além disso, o aumento na oferta de crédito, tanto pelo sistema financeiro, como pelas instituições públicas, foi excessivo, uma forma de estímulo fiscal.
Enquanto havia ventos favoráveis no mundo, com a China crescendo de 10% a 11%, preço das commodities em alta e o Fed com taxa de juros zero, tudo estava bem. Em 2013, os coisas começaram a mudar: a China passou a desacelerar, commodities começaram a baixar, o Fed passou a indicar que iria iniciar o processo de subir juros.
Isso atingiu em cheio os chamados "cinco frágeis" —Índia, Indonésia, Brasil, Turquia e África do Sul, que tinham em comum deficit fiscal e em conta-corrente, inflação em alta e crescimento em queda.
No Brasil, o BC estava atrasado, mas passou a elevar agressivamente a taxa de juros. Houve uma oportunidade para fazer ajuste fiscal, mas não ocorreu, porque havia o período eleitoral. A mesma coisa ocorreu com preços administrados, cujo aumento foi adiado. Então depois das eleições sobrou esse ajuste fiscal muito maior para ser feito e o reajuste de tarifas gerou inflação. Perdeu-se a confiança na política fiscal.
A falta de comprometimento para fazer o que é necessário no lado fiscal causou o atual estresse. Se o governo conseguir fazer o Congresso aprovar legislação que eleve receitas e corte gastos e, assim, indicar de forma crível um superavit primário de 0,7% em 2016, é possível evitar rebaixamentos. Mas será que é possível? Todo mundo sabe que o governo atual é fraco, tem baixa popularidade, escândalos e que há uma coalizão muito fragmentada. Mas seja este governo ou outro, seja este o ministro da Fazenda ou um outro, o país tem de fazer ajuste fiscal, não há escapatória.
Se fizermos o ajuste neste ano, é possível voltar a crescer no ano que vem?
Se fizerem o ajuste necessário, não haverá rebaixamentos e vai melhorar a confiança na política fiscal. Isso vai deixar as pessoas mais confortáveis para voltarem a gastar. A moeda já se desvalorizou a ponto de ficar mais competitiva, e as exportações devem aumentar, embora não muito, por causa do cenário global. No meio do ano que vem, a inflação deve baixar, porque não mais haverá os efeitos da alta de preços administrados e a recessão vai fazer com que a alta dos salários seja menor.
Assim, o BC poderá cortar juros e isso vai restabelecer parte do crescimento. O PIB do Brasil deve recuar 3% neste ano, talvez até 4%. Em 2016, se for feito o ajuste, acho que haverá recessão no primeiro semestre, mas a economia chega ao fundo do poço no meio do ano e começará a se recuperar. Com isso, em 2016, o PIB brasileiro fica estagnado ou levemente positivo.
O Brasil não está fadado a uma crise. Existe um caminho, embora seja difícil e exija coragem política de quem quer que esteja no poder. Para as coisas se estabilizarem, é necessário um ajuste fiscal, não há escapatória.
Entre os "cinco frágeis", qual país é o mais vulnerável?
O Brasil é o mais vulnerável. A situação melhorou na Índia, que cresce bem, e na Indonésia, que fez ajuste fiscal. A África do Sul tem problemas, mas não tão grandes como o Brasil. A situação política brasileira e a turca são bastante complicadas.
E o Brasil é grande e sistemicamente importante para a América Latina e outros emergentes, então é fonte de preocupação.
O vai acontecer se o Brasil for rebaixado por outras agências de rating?
O dólar ficará bem acima de R$ 4, não dá para saber quanto. Quanto mais fraca a moeda, maior é o valor real das dívidas em dólar das empresas. Se houver o rebaixamento, o "spread" [custo de tomar empréstimos] vai aumentar. Com essa combinação: economia fraca, real fraco e "spreads" maiores, muitas empresas e até instituições financeiras brasileiras podem ficar em uma situação difícil.
Por isso é tão importante evitar o rebaixamento.
O sistema político e o Congresso precisam entender que o Brasil está à beira do precipício. Se o ajuste fiscal não for feito, o Brasil será rebaixado de novo, os "spreads" de empresas e do governo vão explodir, o real vai entrar em queda livre e a economia vai encolher ainda mais. Não existe opção.
Qual seria o impacto sobre o Brasil de um pouso forçado [desaceleração brusca] da economia da China e da elevação dos juros dos EUA?
Acho que a probabilidade um pouso forçado na China é de apenas 20% a 30%. Os países já estão sofrendo com a China reduzindo crescimento para 6,5%. Mas um pouso forçado causaria uma enorme queda nos preços de commodities e recessão na maioria dos emergentes.
Já a nossa previsão para o Fed é que a instituição comece a elevar os juros em dezembro, mas de forma bem lenta e gradual, e talvez as taxas de juros de longo prazo não se alterem tanto porque outros bancos, como Banco do Japão e o Banco Central Europeu, mantêm o afrouxamento monetário e ainda há um excesso de liquidez global.
Além disso, já está precificado nos emergentes [os investidores já levam isso em conta aos decidir sobre seus investimentos].
Uma vez que o crescimento calcado em commodities em alta e aumento do consumo parece estar esgotado, qual deve ser o novo modelo de desenvolvimento do Brasil?
O Brasil, como muitos emergentes na última década, não adotou as reformas estruturais necessárias para aumentar seu potencial de crescimento. O país se voltou cada vez mais para um capitalismo estatal, com papel excessivo do Estado na economia, atuação exagerada de bancos estatais na alocação de crédito, nacionalismo nos recursos naturais e até certa substituição de importações, como nas regras de conteúdo nacional para a Petrobras.
De forma geral, o Brasil precisa de reformas estruturais para liberalizar o mercado, além das reformas de longo prazo que todo mundo sabe.
Como o senhor encararia uma possível troca do ministro da Fazenda no Brasil?
Joaquim Levy é sólido, respeitado e sabe o que precisa ser feito. Se puserem outra pessoa no ministério, ela terá de fazer as mesmas coisas que ele está fazendo, não há saída. Por isso, já que será preciso arrumar outro Levy, é melhor simplesmente manter o Levy atual.
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• RAIO-X NOURIEL ROUBINI, 57
TRAJETÓRIA
Americano, nascido na Turquia e criado na Itália, filho de pais judeus-iranianos. Já trabalhou no FMI (Fundo Monetário Internacional) e na Casa Branca
CARGOS
É professor de economia internacional na New York University. Também comanda a consultoria Roubini Global Economics (RGE) 



Dólar sobe 3,6%, maior alta diária em mais de 4 anos

O derretimento do real obedece o padrão estabelecido pelo Fator Dilma, já que o governo apodrece a cada momento e luta por sobreviver a qualquer custo.

Com isto, o dólar vai a R$ 3,894. 

Governo não consegue maioria e retira quorum para evitar derrota no caso do projeto das novas RPVs

Não houve consenso dentro da base aliada do governo Sartori e com isto houve retirada de quorum para a votração do projeto que prevê a redução dos valores das RPVs, os precatórios de pequeno valor.

"Agora teremos maias tempo para construir um acordo", disse há pouco o deputado Ênio Bacci, PDT.

O acordo mínimo desejado pela maioria da base está em torno do projeto do deputado Frederico Antunes, que é o de aceitar a redução para 10 mínimos, como quer o governo, mas admitir prioridade para idosos e pessoas com doenças graves.

Os demais pontos podem ser desprezados, mas não este.

O editor ainda não sabe se irá ou não ao convescote de amanhã no Galpão Crioulo do Piratini

O editor ainda não sabe se aceita ou rejeita o convite para o Filó Italiano de Vila Flores e lançamento da 2ª Edição do Dicionário Português Talian, a realizar-se nesta quarta-feira, às 19h30, no Galpão Crioulo do Palácio Piratini, em Porto Alegre.

O convite é do governo do Estado.

Como foi o único convite recebido até hoje pelo editor, sua assessoria recomendou presença, mas a questão está aberta para os leitores:

- Quem achar que o editor deve atender o convite ou rejeitá-lo, pode mandar e-mail para polibioadolfobraga@gmail.com

OPINIÃO DO LEITOR

Claro que deve ir, pena que não fui convidado, pois é uma tradição dos italianos, dos meus avós, e como não é coisa politica tutto bene.
Depois conta per noi...
Joel Segalla Robinson
 
Deve ir. Pode ser divertido, apesar de nenhum interesse jornalístico. Ao menos vai fazer bem se desligar dessa meleca que toma conta do Brasil.
Paulo A Gazzana

Cómerciantes gaúchos morrem de tristeza com cenário econômico adverso

Os empresários gaúchos do comércio entraram no nono mês de gravidez com total desesperança em relação ao cenário econômico brasileiro.

É tristeza pura.

CLIQUE AQUI para ler a análise completa da pesquisa feita pela Fecomércio do RS.

Oposição formata Mandado de Segurança contra Teori e Rosa Weber

A oposição decidiu ajuizar Mandado de Segurança no STF para derrubar as três liminares de Teori Zavascki e Rosa Weber contra o início do processo de impeachment de Dilma Roussef.

O governo tenta ganhar no tapetão o que já perdeu nas ruas e perderá na Câmara.

STF continua despejando liminares para impedir início do julgamento parlamentar de Dilma

O STF continua despejando uma liminar atrás da outra para beneficiar Dilma Roussef no processo de impeachment.

São decisões monocráticas de Teori e Rosa Weber.

Mais liminares poderão sair.

Nada do que foi decidido impede que Eduardo Cunha cumpra seu dever constitucional de decidir se arquiva ou manda tocar o processo.

Dólar continua subindo. Alta de 2% eleva cotação para R$ 3,836

O dólar comercial subia 2% e a Bovespa caía mais de 3% nesta terça-feira (13). A queda nas importações chinesas aumentou a preocupação de investidores em relação à economia de países emergentes. No Brasil, investidores continuavam preocupados com o cenário político, após o Supremo Tribunal Federal (STF) barrar tentativa de impeachment da presidente Dilma Rousseff. Por volta das 13h40, o dólar subia 2,06%, a R$ 3,836 na venda, e o Ibovespa, principal índice da Bolsa brasileira, recuava 3,25%, a 47.734,16 pontos

Análise, Darcy F.C. dos Santos - Proposta orçamentária gaúcha para 2016: só nos resta rezar.

Neste trabalho publicado hoje, intitulado "Estado do RS - Proposta orçamentária para 2016", o economista Darcy Francisco Carvalho dos Santos faz a conclusão da análise da proposta orçamentária para 2016 enviada para a Assembléia pelo governo Sartori. 

CLIQUE AQUI para ler em PDF o texto completo de 29 laudas, que contém planilhas, gráficos e uma síntese no final.

Leia:
    
O ano de 2016, como os que seguirão, será de muita dificuldade para as finanças estaduais, talvez pior que o de 2015, porque permanece um déficit de R$ 4,6 bilhões, que tenderá a ser maior pelas seguintes razões.
    
Pelo lado da receita, nada garante que o reajuste das alíquotas do ICMS gere o aumento de arrecadação esperado. Também as receitas de capital não se realizarão na dimensão esperada, embora isso não reflita no aumento do déficit, mas na redução dos investimentos, com graves reflexos na infraestrutura do Estado.
    
Já pelo lado da despesa, embora o governo tenha limitado seu crescimento em 3%, isso não se aplica no caso da previdência que alcança 54% da folha e serão mantidos alguns reajustes concedidos pelo governo anterior, como destaque para a segurança pública. Mesmo com essas limitações, a despesa com pessoal deverá crescer nominal 9,1% ou 12,6% se acrescermos a reserva de contingência.
    
A dotação para a manutenção e desenvolvimento do ensino (MDE), embora seja 12,2% maior do que a do ano anterior, na realidade, ela corresponde a mais 4,7% sobre a provável realização do ano corrente. A causa disso está no fato de a despesa com MDE no orçamento do ano atual ter sido subestimada em cerca de R$ 1 bilhão, fato esse que foi destacado por mim, tanto no blog,como em artigo publicado na Zero Hora em 28/10/2014, sob o título Um “buraco”orçamentário de R$ 5,4 bi.
    
Em decorrência, a dotação para pagamento da folha da educação na atual proposta deverá ser apenas 3,4% superior ao que será despendido no corrente exercício, muito inferior à variação do IPCA, que deverá ser em torno de 9,5%.
    
Acresce-se a isso a pretensão dos outros Poderes de reajustar a folha de seus servidores em 8,13%, para o que não há dotação suficiente na maioria deles.
    
O governo terá que descobrir alternativas novas e variadas de receitas extras para financiar esse déficit, porque as usuais estão cada vez mais escassas. Até mesmo novas operações de crédito estão inviabilizadas, talvez até 2017, porque a relação dívida consolidada líquida/receita corrente líquida (DCL/RCL), indicador oficial criado pela lei de responsabilidade fiscal, está em 216,6% e o limite para o ano que vem será de 200%.
    
Uma renegociação da dívida poderá contribuir para a redução do déficit, mas não será a panaceia esperada, porque a União está com suas finanças combalidas e o que conceder a um Estado terá que estender aos demais. Um novo pacto federativo encontra as mesmas dificuldades e não se faz de uma hora para outra.
    
A verdade nua e crua é que o nosso modelo está falido e as reformas necessárias já deveriam ter sido feitas há anos, como é o caso da que viesse a corrigir a precocidade das aposentadorias e as regras permissivas das pensões por morte.
    
Se a economia voltar a crescer, a situação pode melhorar um pouco, mas temos que pedir para que São Pedro que não nos castigue com secas ou chuvas em excesso, como as que estão ocorrendo. 

Rezemos...
    


Entrevista - ‘É pior do que na época do Collor’, diz professora da USP

O material a seguir é da Agência O Globo. Trata-pse de uma entrevista com Janaína Paschoal, que assinou com Bicudo e Reale Júnior o pedido de impeachment contra Dilma. - 


O que motivou o pedido de impeachment?
Estamos vendo algo de errado, temos que tomar medidas e não pedir para a presidente renunciar. Doutor Hélio e eu concordamos em fazer o pedido juntos. Tivemos o cuidado de submeter a peça a outros advogados, juristas, juízes, psicólogos e até a um padre, para garantir o que estávamos fazendo. Entregamos o pedido no dia 1 de setembro, no aniversário do pedido contra o Collor.

A senhora vê semelhanças entre a situação de Dilma e de Collor?
Agora está muito pior, as cifras são incomparáveis. Na época do Collor, eu ajudei a organizar o “Fora Collor”. Agora, o escândalo é de valores bilionários, não tem nada de (Fiat) Elba.

Que elementos são esses?
Dilma fez empréstimo de bancos públicos e não os lançou na contabilidade. Isso é proibido. Há também a Lava-Jato. Não que achemos que a presidente recebeu dinheiro de corrupção. Mas o cargo de presidente exige que ela zele pelo bem público. São tantos eventos corruptos que não dá mais para 

A crise econômica do país também motivou seu pedido?
Nós não entraríamos com pedido por causa de crise econômica. Já vivemos tantas. Seria irresponsabilidade.

Como responde a quem diz que impeachment é tentativa de golpe?

Elas não leram nem a Constituição nem o pedido. Fernando Henrique disse que o pedido era fraco, mas nem leu. Se o grande intelectual do país criticou sem ver, muita gente também está fazendo o mesmo.

Caravana de deputados pró-impeachment começará roteiro pelo RS

Brasília, via WhatsApp

O deputado gaúcho Darcisio Perondi contou há pouco ao editor que uma missão de deputados federais de vários Partidos percorrerá o RS para defender o impeachment de Dilma, tudo conforme o pedido assinado pelos juristas Hélio Bicuto e Miguel Reale Júnior.

A caravana começará pelo RS e depois irá para outros Estados.

O processo de impeachment, segundo disse Perondi ao editor, tramitará durante 15 sessões da Câmara. "Dilma terá 10 sessões para se defender e nas outras cinco semanas, a comissão processante decidirá o que fazer", avisou o deputado.

Caberá ao presidente Eduardo Cunha resolver se e quando ocorrerão as sessões ordinárias e extraordinárias.

Bicudo e Reale Júnior anexam aditivo ao pedido de impeachment contra Dilma

Brasília, via WhatsApp

Até o final da tarde a oposição anexará um aditivo ao pedido de impeachment assinado pelos juristas Hélio Bicuto e Miguel Reale Júnior.

O aditivo falará sobre a continuidade das pedaladas fiscais, conforme investigações do Ministério Público junto ao Tribunal de Contas da União.

Mesa da Câmara diz que Eduardo Cunha é soberano sobre questão do impeachment

A Secretaria Geral da Mesa da Câmara emitiu pareceres ainda há pouco, deixando bem claro o entendimento do presidente Eduardo Cunha sobre a liminar concedida ao PT pelo ministro Teori Zavascki, STF:

1) O presidente mantém seu poder constitucional de aceitar ou rejeitar pedidos de impeachment.
2) O rito de manifestação do plenário sobre suas decisões no caso terá que ser de 2/3 e não de 1/3, como sempre aconteceu antes.


Base aliada tentará aprovar esta tarde a redução dos valores das RPVs

CLIQUE AQUI para ler o projeto. Se ele for aprovado, cálculos do editor indicam que em vez de gastar R$ 700 milhões com RPV no ano que vem, o governo gastará apenas R$ 200 milhões. -

O líder do governo na Assembléia, Alexandre Postal, disse há pouco ao editor que vai fazer de tudo para aprovar esta tarde o projeto que reduz os valores das RPVs, os precatórios de pequeno valor.

Sem desfigurar o projeto de Sartori.

As RPVs terão valor reduzido de 40 para 10 mínimos.

O editor também conversou com o presidente da Assembléia, Edson Brum, que já avisou que a matéria está na ordem do dia e irá a voto.

- OAB, credores de precatórios e funcionários estaduais pressionam na Assembléia para evitar a aprovação do projeto. Existem, também, negociações para aprovar emenda em plenário do deputrado Pozzobom, PSDB, que quer que a nova lei passe a valer para decisões judiciais que ocorram daqui para a frente, o que na prática inviabilizaria o projeto do Piratini. 

Inglaterra projeta deflação de -0,1% para este ano. Libra continua mais forte do que o dólar.

Londres, via WhatsApp

A libra esterlina segue forte frente ao dólar, valendo 1,52440 dólar por libra. 

Em Londres, diaoutonal de céu nublado e frio de 11 graus, a Bolsa trabalho em queda de 0,45%, cenário que é parecido nas demais bolsaas européias.

O petróleo spot está cotado neste momento em US$ 50,06 o barril, com queda significativa de 3,4%.

A inflação estimadaq para o Reino Unido, este ano, é de menos 0,1%, fundamentalmente em função da queda acentuada dos preços dos combustíveis nas bombas. Em Londres, as osci9lações dos preços do petróleo são repassadas aos consumidores quase que de imediato, já que o mercado não é regulado e obedece a lei da ofertra e da procura.


Degradação dos cenários político e econômico causam temor nos mercados externos

Londres, via WhatsApp

O mercado financeiro brasileiro reflete nesta terça-feira a deterioração do cenário político, onde o embate em torno do impeaqchment acaba de produzir duas decisões inusitadas e anti-democráticas por parte de dois ministros do STF, no caso Teori Zavascki e Rosa Weber.

Ambos blindaram Dilma de uma decisão do plenário da Câmara sobre o início do processo de impeachment.

No exterior, o degradado cenário econômico e também a decomposição política, chmam a atenção.


Dissenções agudizam situação da CEEE

Prosseguem dissenções na diretoria da CEEE.

Com viés de piora, Focus prevê inflação de 9,7% e recessãop de 3% para este ano

O Boletim Focus, emitido hoje pelo Banco Central, e que reflete as projeções do mercado financeiro, estimam inflação de 9,7% e recessão de 3% para este ano no Brasil.

Com viés de piora.

Dólar opera em alta de 2%; Bovespa cai mais de 2,5%


O dólar comercial subia 2% e a Bovespa caía mais de 2,5% nesta terça-feira, acompanhando o avanço da moeda norte-americana em outros países. A queda nas importações chinesas aumentou a preocupação de investidores em relação à economia de países emergentes.

Por volta das 12h50, o dólar subia 2,06%, a R$ 3,836 na venda, e o Ibovespa, principal índice da Bolsa brasileira, recuava 2,53%, a 48.089,53 pontos.

SUS é considerado ruim ou péssimo por 54% dos brasileiros

Pesquisa encomendada pelo Conselho Federal de Medicina (CMF) ao Instituto Datafolha revela que 54% dos brasileiros consideram ruim ou péssimo os serviços do Sistema Único de Saúde (SUS) e 86% afirmou já ter procurado atendimento na rede pública, seja para si próprio ou para alguém da família.

O levantamento ouviu 2.069 pessoas – 59% delas residentes no interior – entre os dias 10 a 12 de agosto. A amostra é composta por homens e mulheres com idade superior a 16 anos e mostra a opinião dos brasileiros em relação ao SUS e à rede privada. 


Cerca de dois em cada dez entrevistados atribuíram nota zero tanto para os serviços de saúde da rede pública quanto privada. Quando a avaliação de ruim ou péssimo considera a saúde no Brasil como um todo, o percentual de insatisfeitos é de 60%.

E-mails indicam que lobby de montadoras alterou MP no governo Lula


Lobistas de montadoras de veículos conseguiram alterar o texto original da Medida Provisória 471 antes de ela ser assinada pelo então presidente Luiz Inácio Lula da Silva em 2009, revelam mensagens. As mudanças favoreceram fábricas investigadas por contratar os serviços de intermediação no governo. As empresas interessadas ainda tiveram acesso à versão final antes do texto ser publicado no Diário Oficial da União e enviado ao Congresso, o que ocorreu dias depois da assinatura por Lula.


Graças à MP, montadoras instaladas no Norte, Nordeste e Centro-Oeste prorrogaram incentivos fiscais por mais cinco anos. Um suposto esquema de corrupção para comprá-la está sob investigação da Polícia Federal e do Ministério Público Federal. Outras duas MPs editadas nos anos seguintes pelos governos Lula (512/2010) e Dilma Rousseff (638/2014) também estão sob suspeita.


As mensagens mostram que os lobistas convenceram o governo a enxertar na MP regras de interesse de ao menos três montadoras antes de Lula assiná-la, o que ocorreu em 20 de novembro de 2009, uma sexta-feira. A versão final da norma, que seria publicada na segunda-feira, dia 23, foi enviada a eles antes de ser publicada no Diário Oficial.


Numa das mensagens, o advogado José Ricardo da Silva, dono de uma consultoria que atuou para montadoras, avisa ao empresário Mauro Marcondes Machado que, por sua “intervenção”, o texto que sairia do Planalto contemplaria o que as montadoras haviam pleiteado. Silva confirma ter feito gestões para alterar o conteúdo original da MP e diz que recebeu uma “cópia” dela, já com as mudanças, no domingo, véspera da publicação.

Quase 50 mil gaúchos foram afetados pelas chuvas

Subiu para 49.228 o número de pessoas atingidas pelas chuvas, segundo a Defesa Civil do Estado. Boletim divulgado na manhã desta terça-feira revela que já chega a 9.896 o número de casas atingidas, 5.775 desalojados e 4.164 atingidos.


De acordo com a Defesa Civil, interessados em ajudar as comunidades que foram afetadas podem entregar donativos na Central de Doações, que fica no Centro Administrativo Fernando Ferrari (rua Borges de Medeiros, 1501, centro de Porto Alegre). Ou entrar em contato através do telefone (51) 3288-6781.

Cunha adia decisão sobre principal pedido de impeachment de Dilma


Em reunião na manhã desta terça-feira com os principais líderes da oposição, o presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), anunciou que adiou para a semana que vem a decisão sobre autorizar ou arquivar o principal pedido de impeachment contra a presidente Dilma.

A medida tem por objetivo aguardar um aditamento ao pedido original -assinado pelo ex-petista Hélio Bicudo e pelo ex-ministro da Justiça Miguel Reale Júnior – a ser feito ainda nesta terça pela oposição.

Vendas do Dia das Crianças ficaram abaixo do esperado no RS

O clima dos últimos dias só piorou o cenário das vendas do Dia das Crianças no Estado. Segundo a Associação Gaúcha para o Desenvolvimento do Varejo (AGV), que, por fatores econômicos, já previa um resultado apenas igual em relação ao ano passado, as persistentes chuvas surpreenderam negativamente e fizeram as vendas caírem cerca de 3%. A situação foi mais sentida no Interior, mais dependente do comércio de rua do que a Capital.


No total, as vendas para a data deverão fechar em torno de R$ 243 milhões no Rio Grande do Sul, ante os R$ 250 milhões de 2014. O tíquete médio dos presentes foi em torno dos R$ 75,00.


As chuvas que não dão trégua no Estado complicaram mais os comerciantes do Interior, menos servido de shopping centers do que Porto Alegre. Fora da Capital, 85% do comércio é formado por lojas de rua, mais vulneráveis ao clima ruim. Já na Capital, porém, a chuva até ajudou nos resultados.

Perondi: "Liminar do STF precipitará decisão monocrática de Eduardo Cunha pelo impeachment"

O editor conversou há pouco com o deputado gaúcho Darcisio Perondi, PMDB, que participa do grupo do Partido que batalha pelo impeachment de Dilma.

O editor queria saber o que acontecerá agora, depois da decisão do STF de barrar a estratégia da oposição e de Cunha, que era de rejeição do pedido de impeachment por parte do presidente da Câmara, como preliminar para decisão contrária ao arquivamento por parte do plenário.

O que disse Perondi:

- A liminar do ministro Teori Zavascki só fala sobre isto, o que quer dizer que Eduardo Cunha poderá aprovar monocraticamente o início do processo.

Foi uma meia jogada de tapetão. Uma meia sola.

Isto aconteceria ainda hoje.

O governo usa de todo o seu arsenal de medidas jurídicas, políticas e fisiológicas para conter a crise, mas ela parece maior do que ele.

Dólar sobe com impasse político no Brasil. As 11h, dólar foi cotado a R$ 3,84.

O dólar à vista rompeu a trajetória de queda dos últimos dias e inicia a primeira sessão da semana com uma valorização em relação ao real nesta terça-feira.

Há pouco, a cotação estava em R$ 3,84.

A apreciação da divisa americana no Brasil segue o comportamento observado em relação a moedas de países emergentes e ligados a commodities. Em parte, as divisas reagem à balança comercial chinesa, que revelou uma queda de 20,4% nas importações em setembro ante agosto. Esse resultado favoreceu a realização de um superávit comercial melhor (US$ 60,3 bilhões) que a expectativa (US$ 47,6 bilhões).

Entre os fatores domésticos a empurrar o dólar para cima está o cenário político mais turvo. Há expectativa tanto em relação à análise dos pedidos de impeachment, represados na mesa do presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), quanto em relação ao possível afastamento do próprio Cunha.

Maior cervejaria do mundo compra concorrente por US$ 106 bi

A SABMiller aceitou uma proposta de aquisição após a Anheuser-Busch Inbev, maior cervejaria do mundo, oferecer um pacote em dinheiro e ações cujo valor atual é de 69 bilhões de libras (US$ 106 bilhões).


O acordo para criar uma cervejaria que fabricaria quase um terço da cerveja mundial ficaria entre as cinco maiores fusões na história corporativa e seria a maior aquisição de uma companhia britânica.


Depois de repetidas recusas de sua rival mais próxima em tamanho, a AB InBev disse nesta terça-feira que está disposta a pagar 44 libras em dinheiro por ação da SABMiller, com uma alternativa parcial em ações com desconto e limitada a 41% das ações da SABMiller.

STF dá liminar ao PT para impedir apoio do plenário ao pedido de impeachment contra Dilma

Teori, mais uma vez, ajuda o PT e o governo Dilma, mas como é fácil perceber, o apressado vai novamente comer cru. - 


O ministro Teori Zavascki, do Supremo Tribunal Federal (STF), acaba de concederliminar (decisão provisória) na manhã desta 3ª feira invalidando o rito definido pelo presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), no caso de o arquivamento de um pedido de impeachment
A informação é do UOL.
O deputado Darcisio Perondi, PMDB do RS, confirmou ao editor que foi isto mesmo, mas que a decisão poderá levar Eduardo Cunha a movimento mais drástico. 
A decisão de Zavascki é uma resposta a um mandado de segurança (MS 33837) enviado ao STF na 6ª pelos deputados Wadih Damous (PT-RJ) e Rubens Pereira Jr. (PC do B-MA). As informações são do repórter do UOL André Shalders.
Na ação, os dois questionam o trâmite definido por Eduardo Cunha para a instalação de um processo de impeachment. O rito foi definido na resposta de Cunha a uma questão de ordem (número 105 de 2015), formulada pelo líder do DEM, Mendonça Filho (PE), em 15.set.2015.
Parte do decidido por Cunha segue o procedimento adotado pelo então presidente da Câmara Michel Temer em 1999, quando a Casa rejeitou a abertura de um processo de impeachment contra Fernando Henrique Cardoso (PSDB).
Basicamente, a estratégia da oposição combinada tacitamente com Eduardo Cunha –o que o presidente da Câmara nega– seria ter um pedido de impeachment arquivado. Em seguida, deputados do PSDB e do DEM reclamariam em plenário, apresentando um requerimento contrário ao arquivamento. A votação se daria por maioria simples, como o Blog detalhou aqui, e o processo de impedimento contra Dilma Rousseff seria instalado imediatamente.
O rito procedimental definido por Eduardo Cunha seguia exatamente esse roteiro. Agora, tudo fica suspenso por ordem do STF.

Evangélicos e ruralistas são a base aliada de Eduardo Cunha

Eduardo Cunha sabe que, mesmo depois das denúncias sobre suas contas bancárias na Suíça, não está sozinho. O presidente da Câmara chegou ao cargo em função de sua habilidade como articulador e parece contar com isso neste momento. O ataque a Dilma Rousseff virou sua principal arma de defesa: mas com quem ele conta para o ataque?


Segundo o jornal Gazeta do Povo, os partidos de oposição a Dilma vinham sendo seu principal sustentáculo. PSDB, DEM e PPS somam 102 deputados. Mas a oposição teve de fazer pelo menos um movimento simbólico na semana que passou para não dar recibo de que toparia tudo (inclusive apoiar Cunha depois de denúncias graves) para depor Dilma. Os líderes das bancadas foram a público dizer que Cunha deveria se afastar temporariamente do cargo. Mas, antes, esperam que ele inicie o processo de impeachment de Dilma.


Além da oposição, porém, Cunha tem hoje pilares políticos em três fortes bancadas: a dos evangélicos, a dos ruralistas e a chamada bancada da bala. Não é apoio desprezível: há 88 integrantes da bancada evangélica e 198 na bancada ruralista. Não é possível somar os números, porque muitas vezes um mesmo parlamentar integra várias frentes. Mas Cunha sabe que o fato de ter seguidores “fiéis” nos três grupos pode ser fundamental para sua permanência no posto. E aposta para isso na fama de quem cumpre os compromissos que assume.


Na oposição, que ainda vê Cunha como “instrumental” para derrubar Dilma, a ordem é municiar o peemedebista com argumentos a favor do impeachment. Nesta segunda, os líderes dos partidos estavam reunidos para definir sua estratégia. Eles farão nesta terça-feira (13) um aditamento ao pedido de impedimento apresentado pelos juristas Hélio Bicudo e Miguel Reale Júnior. A ideia dos oposicionistas é incluir no pedido de impeachment relatório do Ministério Público de Contas segundo o qual o governo repetiu as chamadas “pedaladas fiscais” em 2015.

Retração do PIB em 2015 passa para 2,97%


O Relatório de Mercado Focus mostrou nesta terça-feira mais uma queda forte das previsões para o Produto Interno Bruto (PIB). De acordo com o documento divulgado pelo Banco Central, a perspectiva de retração da economia este ano passou de 2,85% para 2,97% - um mês antes estava em queda de 2,55%. Para 2016, a mediana das previsões saiu de -1,00% para -1,20. Quatro semanas atrás estava negativa em 0,60%.

Segundo o IBGE, o PIB brasileiro caiu 2,6% no segundo trimestre deste ano na comparação com o primeiro trimestre e 1,9% ante o mesmo período de 2014. No Relatório Trimestral de Inflação de setembro, o BC revisou de -1,1% para -2,7% sua estimativa para a retração econômica deste ano.

Liminar do STF suspende tramitação do impeachment contra Dilma

Uma liminar concedida pelo ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Teori Zavascki nesta terça-feira impede o presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), de dar andamento ao pedido de processo de impeachment contra a presidente Dilma Rousseff. A decisão provisória foi publicada com base em um mandado de segurança apresentado pelo deputado federal Wadih Damous (PT-RJ). Cunha pretendia despachar o pedido de impeachment nesta terça-feira.


O parlamentar petista questiona o rito proposto por Eduardo Cunha para a tramitação do impeachment. Seguindo um questionamento apresentado pelo DEM, o peemedebista estabeleceu o Regimento Interno da Câmara como base para o encaminhamento do processo, o que seria ilegal, segundo Damous. O petista recorreu da decisão, mas Cunha tratou a demanda como questão de ordem – o que na prática não impõe que a decisão do presidente da Câmara seja apreciada pelo plenário.

Na prática, ao utilizar o Regimento Interno da Casa como base para o processo de impeachment, o presidente da Câmara excluiria a necessidade de comprovação de crime de responsabilidade para dar prosseguimento à proposta, segundo o petista. “A partir dessa decisão de Cunha, apontamos uma série de ilegalidades contidas na resposta à questão de ordem feita pela oposição”, explica Damous. “A decisão impede Cunha de votar o impeachment até que o meu recurso seja apreciado em plenário, explica.”

Dilma faz nova tentativa de acordo com Eduardo Cunha

O ministro Edinho Silva, que por ordem de Dilma Roussef esteve no meio da semana na casa do deputado Eduardo Cunha, voltou a tentar o aliciamento do presidente da Câmara neste feriadão.

A proposta do governo e do PT é de que ele desista de encaminhar o pedido de impeachment em troca de blindagem do seu mandato. Isto aconteceria pela rejeição parlamentar a qualquer tentativa de retirar-lhe o mandato e o comando da Câmara.

PMDB pensa rejeitar as contas do governo Tarso Genro

A bancada do PMDB na Assembléia vai firmando tendência para votar contra a aprovação das contas do ex-governador Tarso Genro.

As contas de Tarso foram aceitas pelo Tribunal de Contas do Estado, em flagrante desrespeito ao trabalho dos técnicos e do procurador do MPE junto ao TCE, Geraldo Da Camiono, mas o relator do caso foi o conselheiro Algir Lorenzon, ex-PMDB.

Outras bancadas do governo poderão acompanhar o voto do Partido, caso ele cristalize seu voto.

Ao contrário de Dilma, a rejeição das contas não implicará em impeachment de Tarso, porque ele não é mais governador, mas poderá custar-lhe problemas na Justiça.

RPV poderá ir a voto, apesar de emendas restritivas de Pozzobom e Frederico Antunes

O governo acha que já tem votos para ir a voto, mesmo que o deputado tucano Pozzobom insista com sua emenda em plenário. As demais emendas não são consideradas fatais. -

Vai hoje à votração o projeto do governo que reduz de 40 para 7 salários mínimos os valoes de RPVs que devem ser pagos aos credores do Estado, embora já exista acordo para que a redução fique em 10 mínimos.

O governo não se conforma com duas emendas de deputados da base aliada, ambas examinadas pelo editor no final de semana:

Frederico Antunes, PP - Estabelece prioridade para idosos e doentes graves.
Jorge Pozzobom, PSDB - Só admite a redução para RPVs que venham a ser decididas.

O deputado tucano disse neste domingo ao editor que a lei não pode retgroagir pasra prejudicar quem já possui direitos adquiridos.

A emenda de Pozzobom anularia na prática o projeto do governo, que quer reduzir de R$ 700 milhões para R$ 200 milhões, em números grosseiros calculados pelo editor, o total de pagamentos previstos para o ano que vem. O cálculo foi feito em cima de RPVs já estabelecidos.

Procuradores, advogados e funcionários pedem a cabeça de Luiz Adams

O Advogado Geral da União, Luiz Adams, enfrenta uma verdadeira sublevação desde a semana passada, porque os quatro principais sindicatos e associações dos procuradoes, advogados e funcionários da AGU emitriram noa pedindo a cabeça do funcionário. Ele é acusado de ter transformado a AGU em agência do PT e do governo Dilma, desprfezando sua condição de agência do Estado.

Leia a nota que o editor recebeu no final de semana:

O Sinprofaz (Sindicato Nacional dos Procuradores da Fazenda Nacional), a Unafe (União dos Advogados Públicos Federais do Brasil), a Anauni (Associação Nacional dos Advogados da União) e a Anajur (Associação Nacional dos Membros das Carreiras da AGU), diante dos últimos acontecimentos veiculados na mídia envolvendo a atuação da Advocacia-Geral da União, vêm a público prestar esclarecimentos sobre a real missão da Instituição e a atual gestão da AGU comandada pelo senhor Luís Inácio Adams.

Destaca-se, de início, que a AGU não se confunde com Luís Inácio Adams. A AGU, constituída por quase 8 mil advogados públicos, é Função Essencial à Justiça, conforme estabelece a Constituição Federal, competindo-lhe, por lei, promover o controle de legalidade e defender o Estado brasileiro. Deve garantir a viabilidade das políticas públicas e atuar em favor de todos os poderes da União.

Luís Inácio Adams, no entanto, com ótica própria, se afastou dos ditames constitucionais e optou, deliberadamente, por uma advocacia de governo em detrimento de uma advocacia de estado. Preferiu os encantos do poder às demandas da instituição, do Estado e do povo brasileiro. Transformou a res publica em res privada.
Em 2014, o atual AGU defendeu, junto ao TCU, os interesses pessoais da então presidente da Petrobras. Em sustentação oral, Adams argumentou que os bens de Graça Foster não deveriam ser bloqueados em favor da Estado. Ou seja, atuou contra os interesses da União, a qual deveria defender. Priorizou o interesse do governo em detrimento do interesse do Estado e do povo brasileiro. Houve, inclusive, um questionamento público da conduta em questão pelas associações (http://politica.estadao.com.br/noticias/geral,unafe-pedira-explicacao-sobre-atuacao-da-agu-em-defesa,1542155).

Mais recentemente, Adams esforçou-se para viabilizar acordos de leniência com as empreiteiras envolvidas na Operação Lava Jato. Agiu sem envolver os membros da AGU, tampouco debater o tema internamente. Chegou a publicar um vídeo no sítio eletrônico da AGU tentando justificar o injustificável: seu envolvimento político na questão.

Mas não é só. Com sua visão distorcida da Constituição, Adams tenta transformar a AGU em um aparelhado órgão de governo. Esforçou-se para aprovar, no Congresso Nacional, o Projeto de Lei Complementar 205/12, que enfraquece as carreiras concursadas e possibilita a nomeação de advogados sem concurso público nos quadros da AGU. Sua aprovação seria uma tragédia para a instituição e para o Estado brasileiro.

De fato, desde que o Luis Inácio Adams assumiu o cargo, a AGU vive seu pior momento. Apesar dos sucessivos recordes de arrecadação (apenas em 2014, o órgão arrecadou 3.500% mais que o previsto) e da economia de trilhões de reais aos cofres públicos, o processo de sucateamento da AGU é uma realidade inquestionável.Os resultados de arrecadação são frutos exclusivos do trabalho diligente dos membros das carreiras da AGU.

Não há estrutura mínima (carreira de apoio, unidades alocadas em instalações precárias) e não há prerrogativas mínimas para exercício do cargo pelos membros. Diversas unidades da AGU, Brasil afora, têm sido despejadas por falta de pagamento de aluguéis (http://jota.info/vacas-magerrimas), as linhas telefônicas são cortadas (http://www1.folha.uol.com.br/poder/2015/08/1672094-escritorios-da-agu-tem-telefone-cortado-por-falta-de-pagamento.shtml) e os membros da instituição são obrigados a conviver com ratos, morcegos e escorpiões (http://noticias.band.uol.com.br/cidades/noticia/100000764611/predios-da-agu-tem-condicoes-precarias.html).

Vale notar que, por tudo o que restou relatado, os advogados públicos federais repudiam fortemente as condutas ultimadas pelo referido Advogado-Geral à frente do órgão. A atual gestão de Luís Inácio Adams é repudiada por nada menos do que 99% dos membros da instituição (http://unafe.org.br/index.php/9865-dos-advogados-publicos-federais-rejeitam-a-atual-gestao-do-adams/). Em lista tríplice organizada pela Unafe e outras associações da AGU, o atual Ministro não recebeu sequer um mísero voto.

As entidades signatárias sempre pautaram suas atuações pela transparência e pela defesa dos interesses da AGU, de seus membros e do Estado brasileiro. Justamente por isso e, ante os desvios perpetrados por Luís Inácio Adams à frente da AGU, os advogados públicos defendem que o próximo Advogado-Geral da União seja nomeado com base na lista tríplice democraticamente escolhida pela carreira. Defende, ainda, que a AGU seja autônoma, capaz de atuar de forma livre e técnica, como advocacia do Estado brasileiro e não como órgão aparelhado de defesa dos interesses deste ou daquele governo, como pretende Adams.

Em virtude dos últimos acontecimentos, setores da imprensa têm cunhado a AGU de "golpista", fato que expõe a Instituição como um todo. Com relação a isso, esclarece-se que a instituição que defende os interesses do Estado não é golpista e não pode ser maculada diante de questões controversas envolvendo atos de governo.

Nós, advogados públicos federais, sentimo-nos no dever de separar o joio do trigo. A sociedade brasileira merece saber.


Íntegra da nota:
http://www.sinprofaz.org.br/noticias/nota-conjunta-2

Chuva parou no RS, mas rios continuam ameaçando 40 mil desabrigados.

A foto ao lado é da orla do bairro Ipanema, zona Sul de Porto Alegre, 18h, obtida com o iPhone do editor. A praia sumiu e as águas do Guaíba invadiram a pista de carros. -


O nível do Guaíba atingiu ontem a noite 2,89 m, o maior em 74 anos, o que obrigou a prefeitura a fechar toda as 13 comportas que protegem a zona mais central da cidade.

No RS, inclusive capital, as chuvas pararam ontem, situação que persiste nesta segunda-feira, o que já propiciou melhora do cenário que desabrigou 44 mil pessoas.

A pior situação em Porto Alegre é nas ilhas do Guaíba, de onde boa parte da população foi desalojada. 


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